Em mais um episódio que escancara a queda de braço nos bastidores do governo de Jair Bolsonaro, o ministro da Justiça, Sérgio Moto, encaminhou à Casa Civil um pedido de exoneração da diretora de Proteção Territorial da Funai, Azelene Inacio; mas até agora a demissão não foi publicada no Diário oficial, causando estranheza a Moro.
A sintonia cobrada pelo presidente Jair Bolsonaro para que os ministros e demais integrantes do governo falassem a mesma língua parece que não foi bem-sucedida. O ministro da Justiça, Sérgio Moro, encaminhou à Casa Civil um pedido de exoneração da diretora de Proteção Territorial da Funai, Azelene Inacio, por conta de uma investigação do Ministério Público que aponta conflito de interesse por parte da servidora.
Mas a demissão solicitada pelo super ministro até agora não foi publicada no Diário Oficial da União. O não cumprimento da decisão de Moro já está causando um certo desconforto. Segundo a colunista do G1, Adréia Sadi, a não publicação surpreendeu o Ministério da Justiça e a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, já que a Funai foi transferida do Ministério da Justiça para a pasta de Damares.
O Ministério da Justiça voltou a confirmar que o pedido foi feito e encaminhado para publicação no Diário Oficial e disse que "não entendeu por que ainda não foi publicada a demissão".
Damares, por sua vez, informa que Azelene cumpre expediente normalmente na Funai e disse que nada sabe sobre demissão.
Mas o ministro da Casa Civil, Onyx Lorezoni, informou ao G1 que a demissão de Azelene só não foi publicada ainda por um problema burocrático, e diz que caberá ao novo presidente da Funai fazer a eventual troca da diretoria.
"Na Funai, servidores afirmam que Azelene resiste a sair e busca apoio para presidir o órgão federal responsável pela assistências aos povos indígenas, o que já foi descartado pela ministra dos Direitos Humanos. Azelene diz a colegas que é vítima de perseguição e pede ajuda para permanecer no órgão", diz a colunista da Globo.
Desde a posse, o governo Bolsonaro evidencia a sua completa desarticulação, com ministros tomando decisões e sendo desautorizados por outros. Na semana passada, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araujo, usou as redes sociais para dizer que o presidente das o presidente da Apex havia pedido demissão. Alex Carreiro desmentiu o ministro e disse que não sairia. Horas depois, ele foi demitido pelo próprio Jair Bolsonaro.
Fonte: Brasil 247
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