A CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – vem a público manifestar sua discordância e estranheza com as posições conservadoras adotadas pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, contra os trabalhadores brasileiros.
O ministro Mantega, desde o início do governo Dilma, tem liderado a tropa de choque que luta contra o aumento real do salário mínimo e a correção da tabela do imposto de renda da pessoa física (IR).
O movimento sindical brasileiro, representado pelas centrais sindicais, tem insistido em procurar o governo federal em busca de uma solução negociada que preserve a política permanente de valorização do salário mínimo, reconhecido instrumento de distribuição de renda.
Qualquer guarda-livros de plantão sabe que o aumento real de salários precisa ser acompanhado do reajuste da tabela do imposto de renda, sem o qual o aumento conquistado é subtraído pela gula do leão da Receita Federal.
Armados dessa compreensão, a CTB e as outras centrais sindicais brasileiras se batem para que a tabela do imposto de renda tenha, no mínimo, seus valores corrigidos pela inflação do último ano.
A própria presidenta Dilma, em entrevista, admite corrigir a tabela pelo percentual do chamado núcleo da meta de inflação futura (4,5%), obedecendo a um questionável critério imposto pelo Banco Central.
O ministro Guido Mantega, mais realista do que o rei, ao se posicionar contra a correção da tabela do IR, provoca – com suas lamentáveis e levianas entrevistas – dificuldades desnecessárias para o bom andamento das negociações em curso com o governo.
Por isso a CTB, ao mesmo tempo em que rechaça firmemente as declarações do ministro da Fazenda, conclama o governo a avançar nas negociações com as centrais sindicais e a, entre outros pontos, construir uma saída positiva para a nova tabela do IR, garantindo, assim, a manutenção dos ganhos salariais do último período.
São Paulo, 28 de janeiro de 2011
Wagner Gomes
Presidente Nacional da CTB
www.portalctb.org.br
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