segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Classe patronal da fruticultura desrespeitam trabalhadores e oferecem menos da metade da inflação acumulada para o salário base 2018/2019

Empresários do setor da fruticultura irrigada do estado do Rio Grande do Norte apresentaram nesta manhã de sexta feira, 14 de setembro, na segunda reunião de negociação da pauta de negociação da convenção coletiva de trabalho 2018-2019, a primeira contra proposta em contra ponto a proposta aprovada pelos trabalhadores assalariados rurais em assembleias de seus Sindicatos. A proposta é um desrespeito à proposta apresentada pelos trabalhadores, pois, apresenta, por exemplo, valor de salário com menos da metade de aumento se comparado à inflação acumulada de todo do período de setembro de 2017 a agosto de 2018.

O valor apresentado como proposta é de R$ 970,00 até dezembro e apenas mais R$ 4,00 após o aumento do novo salário mínimo em janeiro, ou seja, como conquista da negociação passada os trabalhadores rurais ganhavam até dezembro R$ 959,00, 22 reais a mais do mínimo da época e a partir de janeiro estão ganhando R$ 12,00 a mais do atual salário mínimo, ou seja, atualmente se encontra em R$ 966,00. Com a proposta apresentada de inicio os trabalhadores perderiam de cara R$ 4,00 e também perderiam os atuais R$ 12,00 conquistados há vários anos como gatilho após o aumento do novo salário mínimo para compensar.

Os Sindicatos de Trabalhadores Rurais dos municípios de Mossoró, Baraúna, Caraúbas, Açu, Ipanguaçu, Macau, Apodi e Jandaíra, a Federação dos Trabalhadores Assalariados Rurais do Estado do Rio Grande do Norte (FETRAERN), a Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Rio Grande do Norte (FETARN) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Assalariados (CONTAR) repudiam a proposta e conclamam os trabalhadores a refletirem sobre a importância da indignação, da luta e da resistência por esse desrespeito e esperam que a classe patronal também possam refletirem, reverem e se sensibilizarem quanto a impotência de um bom acordo na perspectiva de dividirem o bolo dos lucros com uma proposta que possa também levar em consideração a importância da mão de obra como um elemento para o crescimento dos lucros que por sinal só crescem nos últimos anos no Brasil e em nosso estado.

A próxima reunião de negociação acontecerá no dia 25 de setembro, em Mossoró e categoria representada por seus Sindicatos estrão até em pleno diálogo com os trabalhadores, sensibilização, mobilização e apresentarão uma contra proposta possível de fato de negociação e que atenda a real necessidade da categoria. Estiveram presente na reunião de hoje o presidente da FETRAERN, José Saldanha; Jocelino Dantas, representando a FETARN, além dos advogados, Dr. Evandro Borges, assessorando os Sindicatos e por parte da classe patronal Dr. Marcos Araújo.





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