domingo, 19 de abril de 2015

Lula: “Não deixar aprovar a Lei 4.330 é uma questão de honra”

Lula durante a abertura do 9º Congresso Nacional dos Metalúrgicos da CUT (Foto: Ricardo Stuckert – IL)
Em Guarulhos nesta semana, durante sua participação no 9° Congresso Nacional dos Metalúrgicos da CUT, o ex-presidente Lula destacou ser “questão de honra” que a presidenta Dilma Rousseff vete o projeto de lei que aumenta a terceirização no país e prejudica frontalmente os trabalhadores brasileiros. O texto-base do projeto de lei foi aprovado pela Câmara e os destaques serão votados na próxima semana.
Sob o lema de que o governo não pode aprovar um projeto que significa o retrocesso da luta trabalhista, o ex-presidente da República afirmou: “Não deixar aprovar a Lei 4.330 é uma questão de honra para a classe trabalhadora. A CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), com todos os defeitos que ela tenha, foi uma conquista do povo brasileiro”.
Ele também criticou o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), um dos mais ativos articuladores do projeto de terceirização: “O que o Eduardo Cunha não sabe é que a aprovação da lei nega tudo aquilo que vocês conquistaram ao longo de anos e anos de vida”.
O ex-presidente pediu apoio dos trabalhadores, enfatizando o papel fundamental da classe trabalhadora neste momento do país. “Dilma, se tem gente para te defender, para sair de uma enrascada dessas, é esse pessoal aqui”, afirmou. E disse à plateia, formada em sua maioria por sindicalistas e trabalhadores: “Entre os companheiros, a gente não mente e não vira as costas”.
“Neste instante, em que é mais fácil entrar no banheiro da fábrica e falar mal do governo, nós não podemos permitir que a infâmia, o maucaratismo e a má fé de algumas pessoas venham a destruir um projeto político que nós começamos a construir no país”, conclamou o ex-presidente.
Ele também passou seu recado ao governo. “Dilma, conte conosco para qualquer coisa, mas por favor tente fazer com que o Congresso Nacional respeite as conquistas históricas da classe trabalhadora brasileira. É o mínimo que nós queremos que aconteça nesse país”.

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