O prédio onde deveria funcionar a Central de Comercialização de Produtos da Agricultura Familiar, no bairro de Lagoa Nova, zona Sul de Natal, está ocupado desde a última quinta-feira (31) pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) do Rio Grande do Norte. Montadas em acampamento, cerca de 50 famílias estão fazendo rodízio no espaço como forma de pressionar o Governo do Estado para reativação da Central e inclusão dos trabalhadores rurais no sistema de comercialização.
De acordo com Acioly Barbosa, membro da direção do MST no RN, a ocupação do lugar faz parte da “estratégia de luta do Movimento”. “Isso aqui é nosso. A Central foi criada com recursos voltados para fortalecer a agricultura familiar e nós, representantes clássicos da luta dos trabalhadores rurais, nunca fomos incluídos no sistema de comercialização de produtos. Queremos a reativação desse espaço e uma maioria participativa para nós”, afirmou.
Os membros do Movimento dos Sem Terra ocuparam o prédio administrado pelo Governo do Estado na semana passada, depois de percorrerem as ruas de Natal, realizando protestos em frente à superintendência do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) do RN e por algumas avenidas de grande movimento.
Nesta segunda-feira (4), os manifestantes que estão acampados na Central de Comercialização de Produtos da Agricultura Familiar posicionaram barracas e tendas para comercializar produtos da agricultura produzidos nos assentamentos. Segundo Acioly Barbosa, o grupo permanecerá no local até que as obras de restauração da Central sejam iniciadas e finalizadas.
Jornal de Hoje
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