5 de setembro: Juventude na rua pelos 10% do PIB para educação!

Escrito por: Alfredo Santos Júnior, secretário Nacional de Juventude da CUT

A Juventude CUTista está diante de um momento único e desafiador para avançar na luta em torno de uma de suas maiores bandeiras: o direito da juventude trabalhadora de estudar. Está aberta a possibilidade real de aprovação do Plano Nacional de Educação 2011/2020 (PNE) com a destinação de 10% do PIB Brasileiro para a Educação.

O PNE é fruto da Conferência Nacional de Educação (CONAE), que mobilizou cerca de 4 milhões de pessoas, e contou com a participação dos mais diferentes setores da sociedade. Após 18 meses de tramitação, muita pressão e mobilização do conjunto dos movimentos sociais, em especial de juventude e estudantil, a Câmara Federal aprovou o PNE, por unanimidade, com a determinação de que se ampliem os recursos para educação dos atuais 5,1% do PIB para 7%, no prazo de cinco anos, até atingir os 10% ao fim de vigência do Plano. A proposta deveria seguir diretamente para o Senado, entretanto, no último dia 13 de agosto, 80 Deputados/as Federais entraram com requerimento solicitando maior tempo para análise do Plano.

A CUT defende um PNE que garanta o direito à educação para todos e todas, que estimule e fomente neste pais a gestão democrática, que valorize os profissionais da educação. Para que tenhamos esse PNE para valer, do jeito que a juventude quer, e que o Brasil precisa, tem que ter mais orçamento para educação. Por isso defendemos que a imediata aprovação dos 10% do PIB para educação é a oportunidade real de avançarmos em melhorias na educação pública brasileira, não só expandindo o número de matrículas, mas qualificando o ensino que será oferecido. Já diria Paulo Freire, “Se a educação sozinha não pode transformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda.”

Convocamos todas juventudes à Brasília, neste dia 05 de setembro, dia de mobilização nacional da CUT e da CNTE para ocupar as ruas e exigirmos a aprovação direta no Senado Federal dos 10% do PIB para educação, a redução da jornada de trabalho para 40h e avanços de direitos para a classe trabalhadora.

Somos Fortes, Somos CUT!