
Sua trajetória profissional, longe de fazer com que abandonasse a militância, acabou lhe dando um olhar crítico sobre os problemas da capital potiguar e a importância da cultura para a região. Leitor assíduo de biografias como "Conversas comigo mesmo" de Nelson Mandela, Raoni se diz um autêntico forrozeiro que adora samba e MPB.
Sobre a militância, conta que começou cedo. Como muitos candidatos jovens, Raoni nasceu em uma família petista e por influência dos pais, Francisco das Chagas Fernandes e Neuma Lúcia de Oliveira, desenvolveu o gosto pela política. Em 2007, com forte atuação no movimento estudantil, foi eleito coordenador geral do DCE - UFRN, aplicando uma gestão participativa na entidade estudantil de universitários. Confira sua entrevista.
Eu me lancei candidato à Câmara da minha cidade porque não me sinto representado pelos que hoje lá se encontram lá e permanecem de costas para os problemas do município, atolados em escândalos de corrupção e sem o menor respeito pela vontade e anseios da juventude. Quero e posso ajudar a realizar na minha cidade as reais mudanças que o PT tem feito pelo país afora. A decisão se deu também com a candidatura própria de [Fernando] Mineiro à prefeitura de Natal e a minha disposição de contribuir na sua aproximação com um setor da sociedade que o PT, por tradição, não dialoga. E pela minha relação com vários jovens que antes não debatiam e até afirmavam “odiar a política”, mas que descobriram o PT e estão agora fazendo política da melhor forma: a militante, voluntária e em prol de um objetivo coletivo, manifestando suas opiniões e insatisfações.
Eu nasci e sou filho do PT. Nele eu aprendi e ainda aprendo como ser protagonista de decisões da sociedade. O PT é o melhor instrumento de diálogo entre o jovem e a política. É um partido que tem lado, mas respeita a democracia interna e me permite expressar minha vontade e opiniões. O PT precisou tomar decisões difíceis ao longo de sua história, e eu me sinto parte dela quando vejo um novo Brasil sendo construído, de forma democrática e popular, invertendo valores e prioridades, diminuindo as diferenças sociais.
Bandeiras de luta
São várias, mas vou priorizar as da Juventude segmentadas em educação, esporte, cultura e emprego e renda; Turismo (minha área profissional); e Mobilidade Urbana, por conta do caos que atinge a classe média da capital. Nós defendemos uma relação transversal dos órgãos gestores de juventude com as secretarias, e uma relação estreita com o Legislativo. Queremos equipamentos públicos qualificados para a juventude em Natal, que os jovens sejam uma prioridade na geração de empregos e produzam cultura.
Natal é uma capital turística. Nós queremos um turismo que atenda também às necessidades da comunidade local. Queremos uma orla com equipamentos que sejam usufruídos por todos, a exemplo do que acontece em Fortaleza. Precisamos de uma política de turismo cultural para valorizar a noite natalense. Já na questão da mobilidade urbana, nós precisamos acompanhar os avanços da política nacional. Em Natal o trânsito e os transportes são ruins. A cidade precisa de grandes estruturas como o metrô, mas também de políticas fáceis de serem concretizadas como as ciclovias, por meio de financiamento de bicicletas para a população com menor poder aquisitivo.
Nova geração
É importante frisar que a juventude do PT tem experiência na pauta das políticas públicas voltadas para os jovens brasileiros. Além de um novo gás, energia e disposição para realizar mudanças necessárias na atual política, os jovens petistas são candidatos preparados para elaborar, planejar e realizar ações e políticas. Não somos candidatos da juventude só porque somos jovens, mas porque temos condições reais de legislar em prol de benefícios coletivos para a cidade, e trazer ainda mais jovens para dentro da política, que é o seu lugar.
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