Mais de 12 mil professores e professoras do GDF se reuniram na manhã desta quinta-feira (8) em frente ao Palácio do Buriti, em Brasília, para aprovar o indicativo de greve para a próxima segunda-feira (12). Durante a assembleia a categoria também exigiu o cumprimento do acordo fechado em abril de 2011 e se manifestou contra o descaso do GDF com a educação e seus profissionais. O Dia Internacional da Mulher também foi lembrado e as professoras, maioria da categoria, receberam homenagens durante o ato.
Em novembro passado os professores se reuniram novamente com o GDF para cobrar o cumprimento do acordo de abril, que incluía a reestruturação do plano de Carreira até 2014 e a isonomia salarial da categoria com outras carreiras de nível superior. Como a proposta apresentada pelo governo não contemplava nenhum desses itens, não houve novo acordo. Segundo a diretora da Secretaria de Mulheres do Sindicato dos Professores do DF (Sinpro-DF), Neliane Cunha, 8 de março, após 113 dias desse encontro, era o prazo dado pela categoria para o GDF cumprir o acordo.
“Apesar disso, não houve avanço nenhum nas negociações. Os professores estão insatisfeitos porque existem 27 carreiras no GDF e o seu salário é um dos piores, está em 25º lugar. Isso é um descaso com os professores, com os alunos e com a sociedade, que exige e merece educação de qualidade”, afirma Neliane.
Jacy Afonso de Melo, secretário de Organização da CUT Nacional, cobrou do governador do DF, Agnelo Queiroz, um diálogo positivo com os trabalhadores da educação, e reafirmou o compromisso da Central e de seus 3.500 sindicatos filiados com a luta dos professores. Segundo Jacy Afonso, é preciso discutir o papel do Estado e de onde seus recursos devem ser aplicados.
“Nós tivemos uma experiência importante na crise do sistema financeiro de 2008. Ao invés de seguir o receituário anterior, em que se cortava investimentos e se restringia o crédito, o Brasil, sob pressão da classe trabalhadora, estimulou o consumo responsável e cumpriu seu papel. Fomos os últimos a entrar na crise e os primeiros a sair. A saída não é se enquadrar sob o ponto de vista da responsabilidade fiscal, nem cortar investimentos na educação, na saúde. O governo do DF precisa se atentar a isso”, afirmou Jacy Afonso.
A saída, segundo Jacy Afonso, é acabar com a sonegação de imposto e atividades que diminuem a receita do DF. “Então, governador Agnelo, o senhor deve atender às reivindicações dos trabalhadores da educação, cumprir o que foi discutido no ano passado e estabelecer uma negociação que possa progredir. É hora de corrigir os rumos do DF, fazer uma modificação de rota e atender às reivindicações da categoria.”.
Fonte: Site do Jacy Afonso
Nenhum comentário:
Postar um comentário