terça-feira, 3 de janeiro de 2012

MAIS UM ANO DE DECISÕES SEM REFORMA POLÍTICA NO PAÍS.

2012 chega e os cidadãos brasileiros começam a se articularem e se mobilizarem para discutirem e escolherem seu representantes executivos e legislativos de todos os nossos municípios brasileiros. O ano de 2011 iniciou com muita expectativas em torno da sociedade Brasileira e principalmente do partidos dentre a possibilidades ou não de mudanças no âmbito de uma reforma política ou para alguns pelo menos mudanças no modelo eleitoral.

Veio à primeira tentativa na perspectiva da proposta rejeitada na Câmara dos Deputados que tinha como foco a questão da lista fechada e a nação brasileira viu a resposta dos parlamentares sobre o assunto no resultado do painel final da votação. Depois tivemos várias tentativas e mobilização de setores da sociedade e de Partidos Políticos a exemplo do Partido dos Trabalhadores onde nós tivemos a oportunidade de acompanhar alguns debates e findamos 2011 sem nada.

Isto prova que é difícil apontar mudanças se quer no modelo eleitoral brasileiro, que dirá uma reforma política ampla e séria como nosso País precisa com a maioria dos parlamentares a qual elegemos na ultima Eleição para o Senado e para a Câmara Federal. Como mudar um sistema onde já fui eleito nele? Como mudar e ter a possibilidade de dar mais poderes e condições ao povo para de fato escolherem com mais coerência e responsabilidade seus representantes?

De acordo com algumas dessas perguntas talvez se possa imaginar a dificuldade de discutir mudanças desafiadoras no atual sistema eleitoral a exemplo da discursão da lista fechada ou pré ordenada, do financiamento publico exclusivo de campanha e por ai vai. Para alguns dizer, que é irresponsável aquele ou determinado Partido que defende por exemplo o financiamento publico e exclusivo de campanha é retirar recursos da educação, saúde e demais políticas publicas, e ai eu pergunto, quem deveria esta decidindo por mais recursos para educação, saúde, educação e outras políticas hoje? Somos nós cidadãos comuns que ficamos nos bastidores e quando temos oportunidades cobrando e propondo mudanças de um jeito ou de outro, ou quem foi eleito para isso?

Quando por exemplo alguns chegam a determinados debates a qual tive a oportunidade de participar ano passado e dizem que é contra a lista fechada do Partido ou até mesmo no caso da lista pré ordenada e do financiamento publico de campanha, e hoje, quem está fazendo as listas? Será que tem de fato a decisão final da representação dos trabalhadores, movimentos sociais, ou daqueles que realmente tem em seus anseios princípios e propostas que tenham a cara de fato de seus representados?

Bom na nossa opinião parece que quem define as listas de hoje não somos nós, são as grandes empresas, os grandes proprietários de terras, os donos de altas estruturas privadas muitas vezes montadas com recursos públicos e usadas indevidamente enfraquecendo o poder do estado Brasileiro, os donos de grandes Bancos Privados e vamos que vamos. Para testificar este exemplo é só nós darmos uma rápida passagem rápida nas listas eleitas nas bancadas estaduais e paras as bancadas federais nas eleições de 2010 pra gente ver quem é a maioria.

Então nos aproximamos de mais um ano de decisões, onde todos nós vamos escolher nossos futuros prefeitos ou prefeitas e nossos futuros vereadores ou vereadoras, esses últimos principalmente, porque quando falamos da discursão das listas e do financiamento publico de campanha colocamos um olhar especial, é deles a responsabilidade de decidir onde e aonde vai ser investidos os recursos seja de onde vier as verbas que o prefeito ou a prefeita irá aplicar. É claro que no caso do financiamento publico não fica de fora a personalidade do executivo, mas quando tratamos desse debate o foco maior vai para os nossos representantes do legislativo.

Venho trazer esse debate em minha primeira postagens aos nossos leitores e acompanhadores neste ano de 2012, porque também enquanto cidadão comum, ou militante político direto ou indiretamente tenho puxado debates importantes por onde passo e nos espaços onde atuo que também são espaços inteiramente responsáveis para pautar assuntos como este. Então é extremamente importante que possamos refletir sobre esse debate nas conjunturas e arranjos políticos desse ano e compararmos os arranjos feitos nas eleições passadas para escolha de deputados estaduais, federais, senadores, governadores e presidente da republica e observamos os resultados finais.

Tenho certeza que mais uma vez vamos perceber que o financiamento publico e exclusivo acompanhado da lista partidária refletiria na oportunidade dos que realmente defende idéias e propostas dos seus representados podecem ter a chance de começar a competir e impedir que os donos do capital domine e ganhem sozinhos. E ainda por cima pessoas individuais sejam maiores que instituições que foram constituídas perante a nossa constituição de 1988, a exemplo dos nossos partidos políticos, não se pode imaginar uma só pessoa física dominar a instituição a qual ela é eleita, não se pode imaginar os cidadãos competem entre si para se elegerem, estando na mesma instituição legitimamente constituída, no caso, o partido, bom vamos para 2012 com o mesmo modelo atual, e vamos observar quem mais uma vez tem chance de triunfá.

O município a qual fazemos parte não fica de fora dessas reflexões, até porque vamos escolher um futuro prefeito e futuros noves (09) vereadores ou vereadoras e estamos classificados pelas regras dessa maneira, com exceção dos municípios acima de 15 mil habitantes que poderão escolher mais de 15 vereadores ou vereadoras.

JOCELINO DANTAS BATISTA
Presidente do Sind. Dos Trab. Rurais de Jandaíra
e Presidente do Diretório Municipal
do Partido dos Trabalhadores - PT

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