sábado, 26 de novembro de 2011

Trabalhadores decidem hoje se realizam protesto na vinda de Dilma

Foto: STR de apodi

Líderes sindicais e do movimento campesino do Rio Grande do Norte se reúnem amanhã, às 9h, em Natal, para decidir se farão protestos durante a passagem da presidente Dilma Rousseff pelo Estado na segunda-feira, 28, quando assinará o projeto do Perímetro Irrigado da Chapada do Apodi. O encontro será acompanhado pela equipe de preparação da vinda da presidente.


Desde o início, os trabalhadores se opõem ao modelo que está sendo apresentado, alegando que sairão prejudicados e que, possivelmente, serão obrigados a deixar suas terras em nome do agronegócio.

Ainda na quinta-feira, 24, lideranças de Apodi, representadas pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (STTR), Francisco Edílson Neto, e do Fórum do Campo Potiguar, fizeram uma reunião de emergência com a equipe presidencial para expor suas reclamações. Edílson Neto disse ter saído da discussão mais confiante de que agora e os agricultores serão ouvidos. "Ainda acreditamos que tem uma luz que vai mudar essa história", disse.




Edílson enfatizou ainda que sentiu uma sensibilização maior por parte dos representantes públicos, tanto que espera agora que os próximos diálogos sejam traçados diretamente com a Casa Civil da Presidência da República e não mais com o Ministério da Integração Nacional.

O projeto do Perímetro Irrigado de Apodi será realizado com recursos da ordem de R$ 280 milhões, oriundos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Ao todo, serão beneficiados 5.200 hectares com perspectiva de gerar pelo menos 15.600 empregos diretos. A água será retirada da barragem Santa Cruz do Apodi, que fica localizada na região do Vale.

Ainda nesta semana, duas mil cartas foram endereçadas ao Palácio do Catete, pedindo à presidente Dilma que revogasse a decisão que desapropria áreas para a instalação do projeto. Com todas essas mobilizações acontecendo, as autoridades continuam afirmando que os problemas de entendimento com os campesinos já foram resolvidos.

Fonte: Jornal de Fato

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