Agindo de forma arbitrária e desrespeitosa, presidenta local da entidade tenta impedir apresentação da proposta de extinção do imposto sindical.
Escrito por: CUT-GO
A CUT-GO repudia a manobra da presidenta da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ailma de Oliveira, que tentou impedir a apresentação da proposta de extinção do imposto sindical durante a I Conferência Estadual do Trabalho Decente realizada dias 24 e 25 de novembro, em Goiânia.
Ailma aproveitou sua posição na mesa para afrontar os demais participantes da conferência, agindo de forma arbitrária e totalmente desrespeitosa. Lamentavelmente, os patronais e o governo permaneceram omissos diante da vergonhosa atitude da presidenta da UGT.
A CUT-GO apresentou a proposta porque é contrária a qualquer forma de imposição ao trabalhador, por isso, defende a substituição do imposto sindical compulsório pela contribuição negocial, a ser aprovada democraticamente pelos trabalhadores e trabalhadoras em assembléia da categoria, o que garantiria sua autonomia na gestão da entidade sindical e fortaleceria a participação e os vínculos entre filiados e sindicatos.
“É de forma tranqüila que chegamos a essa conferência. Não temos medo do diálogo, pois sabemos que a CUT representa os trabalhadores e trabalhadoras e, se não fosse o nosso empenho, essa conferência sequer aconteceria”, frisou a presidenta da CUT-GO, Bia de Lima.
Na ocasião, Bia ressaltou ainda que os trabalhadores não anseiam apenas por trazer suas demandas à conferência, mas também por colocar prazo para que elas sejam atendidas. “Chega de ficarmos apenas no âmbito do discurso, das discussões, é hora de fazer”, frisou Bia.
A presidenta lembrou que as conferências precisam ser instrumento de luta pela garantia da qualidade de vida dos trabalhadores e trabalhadoras em Goiás e no Brasil, o que está diretamente relacionado à ratificação das convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT), ao fortalecimento da organização sindical, ao fim de todas as formas de discriminação, o incentivo à formação da juventude, à redução da jornada de trabalho e à valorização profissional.
Terceirização
Em Goiás, a CUT está preocupada com a terceirização dos serviços públicos e a precarização das relações de trabalho empreendidas pelo governo, que há seis anos não paga a data-base dos servidores estaduais e, este ano, começou a transferir a gestão dos hospitais públicos às chamadas Organizações Sociais. "O Ministério Público têm se calado e os trabalhadores precisam entrar em greve para conseguir negociar”, destacou Bia.
Palestrante da Conferencia, a ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Delaíde Alves de Miranda afirmou que, para o TST, terceirização é sinônimo de precarização e que isso contrasta com a Constituição da República, promulgada antes do advento do Estado neoliberal.
A ministra lembrou que a cada oito mortes no trabalho, cinco são em trabalhos terceirizados. “O projeto de terceirização do neoliberalismo prejudica os trabalhadores. As entidades precisam se unir para que o projeto que está na Câmara não seja aprovado como está. Somente a regulamentação do trabalho decente pode interferir nesse processo", alertou.
Durante a conferência, os servidores estaduais assinaram uma moçao de repúdio aos desrespeitos infligidos aos trabalhadores pelo governo de Goiás.
Fonte: site da CUT Nacional
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