Apesar do MST ter sido inúmeras vezes premiado pelo mundo afora pela sua importância humanitária, principalmente na Europa, aqui no Brasil quase nunca falamos bem dele.
E o brasileiro comum não tem acesso a nenhuma outra informação a não ser dessa mídia corporativista, a mesma mídia que quase sempre defendeu a ditadura, os golpes de estado, as guerras e ocupações militares brutais, e claro e latifúndio...Podemos confiar nessa imprensa tradicional?
Quando se fala em MST (Movimento dos Sem-Terra) muitos já imaginam como um bando de baderneiros, criminosos que “invadem” terras que já tem donos, mas não é bem assim. O MST é um movimento sério que luta a favor da justiça.
O movimento se consolidou há 26 anos, em Cascavel (PR), quando centenas de trabalhadores rurais decidiram fundar um movimento social camponês, autônomo, que lutasse pela terra, pela Reforma Agrária e pelas transformações sociais necessárias para o nosso país. Nele faziam e fazem parte trabalhadores rurais sem terras que estão desprovidos do seu direito de produzir alimentos. Expulsos por um modelo autoritário historicamente implantado para o campo brasileiro.
Porém podemos dizer que o surgimento do MST está baseada nas lutas por terra que aconteceu ao longo de nossa história, desde os primeiro indígenas quando levantaram-se contra a mercantilização e apropriação dos invasores portugueses do que era comum e coletivo: a terra. O Movimento Sem Terra hoje, segue o exemplo de Sepé Tiarajú e da comunidade Guarani em defesa de sua terra sem Males, da resistência coletiva dos quilombos e Canudos, da indignação organizada de Contestado e das Ligas Camponesas que foram muito fortes no país até a ditadura militar.
Desde a sua fundação, o Movimento Sem Terra se organiza em torno de três objetivos principais:
• Lutar pela terra;
• Lutar por Reforma Agrária;
• Lutar por uma sociedade mais justa e fraterna.
As ocupações por terras são um modo de fazer serem ouvidos, pois o Estado, no sistema capitalista, por si só jamais fará algo para o bem da sociedade. Acaso se não fossem as inúmeras lutas travadas pela independência, o príncipe D. Pedro I teria gritado independência ou morte à margem do rio Ipiranga? Se não fossemos inúmeros protestos e lutas contra a ditadura militar estaríamos hoje com o direito de voto? Então porque Tiradentes é um herói e não podemos chamar o MST de um grupo que luta pela justiça?
Talvez por que estejamos vendo de um modo que a mídia nos passa, e ela está a favor do sistema atual vigente, tanto é que quando passa sobre o MST eles tratam o movimento e o ato como algo criminoso, e esquecem que eles ocupam terras improdutivas e, os artigos 184 e 186, garantem a desapropriação de terras que não cumpram sua função social.
O Brasil é um país de grandes desigualdades e isso não é uma novidade, agora os 150 maiores latifundiários ocuparem uma área que equivalem a dois estados de São Paulo enquanto milhões não têm terras ou possui terras menores de 100 hectares que não dá para se auto-sustentar, é um absurdo. Então porque condenar quem luta contra essa desigualdade?
Antes de condenar a ação dos movimentos sociais devemos perguntar antes o porquê. Aprendemos em física que toda ação gera uma reação, isso vale também para o nosso cotidiano, pois as lutas travadas pelos movimentos sociais são na verdade uma reação das ações contraditórias geradas pelo capitalismo.
Do Blog de Marcos Imperial
O movimento se consolidou há 26 anos, em Cascavel (PR), quando centenas de trabalhadores rurais decidiram fundar um movimento social camponês, autônomo, que lutasse pela terra, pela Reforma Agrária e pelas transformações sociais necessárias para o nosso país. Nele faziam e fazem parte trabalhadores rurais sem terras que estão desprovidos do seu direito de produzir alimentos. Expulsos por um modelo autoritário historicamente implantado para o campo brasileiro.
Porém podemos dizer que o surgimento do MST está baseada nas lutas por terra que aconteceu ao longo de nossa história, desde os primeiro indígenas quando levantaram-se contra a mercantilização e apropriação dos invasores portugueses do que era comum e coletivo: a terra. O Movimento Sem Terra hoje, segue o exemplo de Sepé Tiarajú e da comunidade Guarani em defesa de sua terra sem Males, da resistência coletiva dos quilombos e Canudos, da indignação organizada de Contestado e das Ligas Camponesas que foram muito fortes no país até a ditadura militar.
Desde a sua fundação, o Movimento Sem Terra se organiza em torno de três objetivos principais:
• Lutar pela terra;
• Lutar por Reforma Agrária;
• Lutar por uma sociedade mais justa e fraterna.
As ocupações por terras são um modo de fazer serem ouvidos, pois o Estado, no sistema capitalista, por si só jamais fará algo para o bem da sociedade. Acaso se não fossem as inúmeras lutas travadas pela independência, o príncipe D. Pedro I teria gritado independência ou morte à margem do rio Ipiranga? Se não fossemos inúmeros protestos e lutas contra a ditadura militar estaríamos hoje com o direito de voto? Então porque Tiradentes é um herói e não podemos chamar o MST de um grupo que luta pela justiça?
Talvez por que estejamos vendo de um modo que a mídia nos passa, e ela está a favor do sistema atual vigente, tanto é que quando passa sobre o MST eles tratam o movimento e o ato como algo criminoso, e esquecem que eles ocupam terras improdutivas e, os artigos 184 e 186, garantem a desapropriação de terras que não cumpram sua função social.
O Brasil é um país de grandes desigualdades e isso não é uma novidade, agora os 150 maiores latifundiários ocuparem uma área que equivalem a dois estados de São Paulo enquanto milhões não têm terras ou possui terras menores de 100 hectares que não dá para se auto-sustentar, é um absurdo. Então porque condenar quem luta contra essa desigualdade?
Antes de condenar a ação dos movimentos sociais devemos perguntar antes o porquê. Aprendemos em física que toda ação gera uma reação, isso vale também para o nosso cotidiano, pois as lutas travadas pelos movimentos sociais são na verdade uma reação das ações contraditórias geradas pelo capitalismo.
Do Blog de Marcos Imperial
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