Agricultura familiar no Semiárido – A região é o endereço de 80% das famílias agricultoras do Brasil. Dados oficiais afirmam que 60% dos alimentos que abastecem o mercado interno vêm da agricultura familiar. Esta atividade emprega 77% dos 17 milhões de brasileiros que trabalham no campo.
Apesar de importantes para o país, a agricultura familiar e o Semiárido nem sempre são reconhecidos pelo seu potencial socioeconômico. Por trás disto, há um conjunto de valores (como o não reconhecimento do saber tradicional das famílias agricultoras) e condições sociopolítica e econômica (grandes latifúndios, concentração de água, etc) que geram uma falsa ideia de que é impossível uma família agricultora ter uma vida digna no Semiárido. Como conseqüência disto, podemos citar o abandono da terra e a migração para as grandes cidades (êxodo rural).
A ASA surge do intuito de organizações que já atuavam no Semiárido de quebrar este círculo vicioso (desvalorização do saber tradicional - baixa autoestima das famílias agricultoras - negação de direitos à água, à terra, à segurança alimentar e nutricional – etc). A ação desta rede com mais de mil organizações da sociedade civil tem influenciado a criação de políticas públicas de convivência com o Semiárido, com mudanças sociais, econômicas e ambientais na região.
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