A Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura) promoveu na manhã de hoje um café da manhã, no auditório Freitas Nobre, na Câmara dos Deputados, para apresentar aos parlamentares a pauta de reivindicação dos agricultores brasileiros. Entre os principais pontos está o projeto de lei de revisão do Código Florestal. “O movimento sindical dos trabalhadores rurais reconhece a necessidade de revisão do Código, mas não abre mão que o substitutivo aprovado na Comissão Especial reconheça as especificidades da agricultura familiar”, explicou a deputada federal Fátima Bezerra, que prestigiou o café da manhã.
A pauta de reivindicações da Contag já tinha sido entregue semana passada à deputada pelo presidente da Federação dos Trabalhadores Rurais do Rio Grande do Norte, Ambrósio Lins, que também estava hoje no café da manhã. Para Fátima Bezerra, as preocupações levantadas pela Contag são muito lúcidas. “E espero que encontrem eco na Câmara dos Deputados”, afirmou. “Os trabalhadores rurais terão todo o apoio da bancada do PT, pois essa também é uma luta nossa”, completou.
No ano passado, o deputado Aldo Rebelo (PCdoB/SP) apresentou seu relatório para o projeto de reformulação do Código Florestal e, na época, a bancada do PT fez críticas ao projeto. No café da manhã de hoje, o deputado comunista esteve presente. Atitude que foi muito elogiada pelos dirigentes da Contag, pois mostrou disposição ao diálogo.
Código Florestal – Mais de 40 parlamentares, entre deputados e senadores, prestigiaram o café da manhã. O documento entregue pela Contag tem 18 pontos considerados essenciais pelos trabalhadores rurais. Em relação ao Código Florestal, a intenção da Contag é de que os itens já acordados entre todas as lideranças sindicais do campo durante um longo processo de diálogo entre os trabalhadores(as) rurais sejam acatados pelo deputado Aldo Rebelo.
“Para o bem da agricultura familiar brasileira, do meio ambiente e de um Código Florestal mais justo nós vamos lutar muito para que essas sugestões sejam levadas em conta. O conceito da agricultura familiar sendo citado no Código vem fortalecer o segmento e fazer justiça”, afirmou o presidente da Contag, Alberto Broch.
Ele defende mudanças estruturais no texto do relator que diferencie as grandes das pequenas propriedades. “Não há porque as grandes propriedades se enquadrarem na proposta de quatro módulos, pois elas se beneficiam da flexibilização na legislação ambiental. No nosso entendimento, toda a diferenciação da legislação seria para as propriedades que se enquadram na lei da agricultura familiar”, avaliou o dirigente.
Com informações da Agência Contag.
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