A aprovação do governo Dilma por 47% dos brasileiros, atestada pelo Instituto Datafolha, é, para a deputada federal Fátima Bezerra, a comprovação de que a presidenta tem luz própria e que está preparada para não só dar continuidade ao bom governo Lula, como para avançar mais ainda. Em discurso realizado na tarde dessa segunda-feira (21/3) no plenário da Câmara dos Deputados, Fátima Bezerra fez uma avaliação da pesquisa do Datafolha e dos 80 dias da administração da governadora potiguar Rosalba Ciarline (DEM/RN).
Em relação ao governo Dilma, a deputada afirmou que a pesquisa serve de incentivo e estímulo para que a presidenta e sua equipe trabalhem mais, enfrentando os desafios que o Brasil tem pela frente nas áreas de segurança, educação, saúde, entre outros.
Retrovisor
Fátima Bezerra parabenizou os Diários Associados pelo relançamento do jornal O Poti, que voltou a circular no último domingo. "É um jornal com longa tradição e muita respeitabilidade. É bom para o jornalismo potiguar que O Poti tenha voltado às bancas”, afirmou.
Em relação à administração da governadora do DEM, a deputada petista repercutiu reportagem publicada na edição de relançamento do O Poti. “A matéria destaca que a governadora tem administrado olhando muito para o retrovisor, de olho no passado, sem ter apresentado ainda o plano de ação de seu Governo”, criticou Fátima Bezerra.
Para a deputada, a atual governadora do RN tem de entender que agora é o DEM quem está no comando do estado. “Ela tem é de colocar os pés no presente e focar no futuro”, aconselhou. Fátima Bezerra também lembrou que a administração demista recebeu uma carteira de investimentos do governo federal de mais de R$ 3 bilhões, como o projeto do aeroporto de São Gonçalo do Amarante, “que o governo Lula tirou da gaveta e a presidente Dilma vai construir”.
A deputada citou, ainda, os recursos para a realização da Copa do Mundo e os investimentos em energia eólica, petróleo, recursos hídricos e educação. “O Governo anterior, do PSB, já deixou muitos desses projetos licitados, prontos para começar. Por exemplo, na área da educação, temos dez centros de ensino profissionalizante, com investimento de mais de 50 milhões de reais”, exemplificou. Fátima Bezerra lembrou que é essa a agenda que essa é a agenda que o povo deseja porque ela trará desenvolvimento para o nosso Estado.
Apesar de reconhecer que o PT está em posição oposta ao governo do DEM, a deputada afirmou que jamais fará oposição por oposição. “Nem jamais faremos aquela oposição raivosa, sectária, com ódio, que o DEM fez ao governo do presidente Lula no plano nacional. A nossa oposição será com responsabilidade, de cunho fiscalizador e programático, mas sem jamais negar a boa parceria institucional que deve haver entre os entes federados”, assegurou.
Fátima Bezerra afirmou que o governo do PT em nível nacional terá uma posição republicana, sem discriminação ou retaliação, em relação aos governos estaduais e que espera essa mesma postura da governadora Rosalba em relação às 167 prefeituras do Rio Grande do Norte.
A deputada afirmou que como representante do povo potiguar vai cobrar agilidade do governo estadual e o cumprimento das promessas de campanha. “Estarei pronta, também, para colaborar, dentro da boa relação institucional que devem ter os governos federal, estadual e municipal, sem abrir mão, de maneira nenhuma, da postura muito clara de oposição do Partido dos Trabalhadores”, pontuou.
Servidores
Ao final do discurso, Fátima Bezerra solicitou que a governadora Rosalba Ciarline cumpra os acordos com os servidores públicos, fechados nas gestões de Wilma Faria e Iberê Ferreira de Souza. “Começo falando da categoria dos trabalhadores em educação, da qual faço parte,que já pediu uma audiência com a governadora”, disse. A deputada defendeu que Rosalba receba o Sindicato dos Trabalhadores em Educação, não só para tratar do cumprimento do piso salarial nacional, mas, também, da realização de concurso público e das condições de trabalho nas escolas.
“Quero também fazer um apelo acerca dos servidores do Meios, que ainda não receberam seus salários e que ainda não tiveram nenhuma proposta concreta do governo para solucionar o impasse”, completou Fátima Bezerra. Ela também defendeu que sejam abertas negociações com os servidores das Polícias Militar e Civil e com os demais representantes do funcionalismo, “a fim de que os acordos feitos sejam respeitados e os servidores tenham suas justas reivindicações atendidas”, concluiu.
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