quarta-feira, 9 de março de 2016

Escritora sobrevivente de violência contra mulher escreve sobre o Dia Internacional da Mulher

Cento e vinte e nove mulheres, morreram, para que a gente pudesse ganhar flores e presentes, no dia 08 de março.

A cada cinco minutos, uma mulher é agredida e a cada hora e meia, uma mulher é assassinada, ou seja, uma média de quinze mulheres por dia, que são vítimas da covardia e da violência extrema.

Portanto, saibamos que nossa luta, não acaba em um dia de março, essa luta deve ser uma constância, em nossa vida como mulher.

Quero pedir a todas as mulheres de nosso Brasil e quem sabe as que do mundo, puderem ler esse texto, para que não sejamos daquelas mulheres com pensamentos machistas, e que até defendem a violência de homens contra mulheres.

É que ontem mesmo enquanto eu esperava em uma fila, ouvi uma mulher de trinta e poucos anos, dizer em voz alta: É que também, tem muitas mulheres que fazem por onde apanhar!

Olhei para ela e disse: Verdade, por exemplo, você agora merecia umas tapas, mas não sou a favor de violência.
Não aplaudamos a violência, nem contra mulheres e nem contra ninguém.

Que como mulheres e cidadãs, nos unamos em prol da igualdade dos gêneros e não da superioridade.

Eu quero flores e amores verdadeiros para nós, e que estes estejam presentes e sejam os nossos presentes diários.

Por Nildinha Freitas
Escritora e sobrevivente de violência contra Mulher

Blog de Assis Silva

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