Um dos pontos altos do encontro do Diretório Nacional do PT, em Fortaleza, neste fim de semana, foi a discussão em torno do papel e prioridades do PT no próximo ano e sobre o 2º mandato da presidenta reeleita, Dilma Rousseff, a se iniciar no próximo dia 1º de janeiro. Ela, inclusive, esteve presente no Encontro, em sua primeira atividade política pública após a vitória eleitoral.
Em entrevista, o presidente nacional do partido, deputado Rui Falcão (SP), falou sobre insatisfações no partido e a cobrança por maior protagonismo no futuro governo. Rui foi claro ao adiantar exatamente como o PT vai atuar e participar agora e nos próximos anos: a legenda irá disputar espaço no governo com as siglas aliadas e, também, partilhar o protagonismo com os movimentos sociais.
“Um governo de coalizão – lembrou – é um governo de disputa, não é um governo do PT, apenas. Ela (a presidenta) é filiada ao PT, governa para todos, mas nós disputamos espaço como os outros partidos disputam”.
Uma declaração que, sem dúvidas, reflete o sentimento generalizado e majoritário dentro do partido e que acena para um PT mobilizando e disputando os rumos do governo e da coalizão, e não apenas participando do governo com ministros nomeados para diversas pastas.
Reforma política e regulação da mídia
É muito positiva a postura do PT, externada nesse encontro de Fortaleza, de chamar para si retomada da mobilização e articulação políticas no Parlamento e na sociedade. No caso da reforma política – uma das pautas da discussão e prioridade do PT em 2015 – o partido tem que ser a liderança e a vanguarda dessa luta. Pela resolução aprovada, a campanha em prol da reforma política será relançada pela legenda.
A resolução partidária também cobra do governo Dilma acenos à esquerda e, além da reforma política, insiste na questão da regulação da mídia. Embora a presidenta não tenha mencionado a regulação em seu discurso na capital cearense, Rui a cita como uma das pautas no novo mandato da chefe do governo. “A presidenta já fez menção sobre a regulação da mídia e deve lançar uma consulta pública sobre essa questão em 2015”, anunciou.
A resolução defende a continuidade do processo de democratização da economia e da sociedade, promovendo inclusão social e distribuição de renda. Também define a participação popular como imprescindível para o sucesso das reformas pretendidas.
Por Zé Dirceu via seu blog
Nenhum comentário:
Postar um comentário