terça-feira, 18 de novembro de 2014

A “guerra” incompreensível e sem motivo deflagrada pela oposição contra o governo

Não dá para entender: a oposição não queria a verdade orçamentária? Não vivia criticando o governo pelo que ela chamava de “contabilidade criativa”? Não queriam por um fim a ela, não moviam céus e terra na exploração, cobrança e busca dessa verdade orçamentária? Querem o quê, agora?
O que é que o governo está fazendo? Exatamente praticando ao máximo a verdade orçamentária com essa proposta enviada ao Congresso, de flexibilização da meta de superávit primário para enquadrar a realidade orçamentária na Lei de Diretrizes Orçamentária de 2014. E quando o governo pratica isso, a oposição apresenta nada menos que 80 emendas – até ontem à noite – na tentativa de inviabilizar e se possível derrubar a proposta do governo.
Quem comanda essa ofensiva do contra e não quer mais a transparência que o governo adota? Deputados e senadores dos três partidos de sempre na linha de frente da oposição, PSDB, DEM e PPS. Eles é que apresentaram a maioria dessas 80 emendas: o PSDB apresentou 67 , o DEM outras 8 e o PPS entrou com 2 emendas
Se derrubarem proposta vem recessão e desemprego

Tudo com um objetivo claro: retirar do projeto o dispositivo que permite ao governo da  presidenta Dilma descontar da meta do superávit todo o valor gasto com obras e serviços do PAC e com as desonerações tributárias. Em sua proposta, a equipe econômica do Planalto pede autorização para descontar do superavit do setor público todos os gastos com o PAC e com as desonerações tributárias, e não apenas uma parte dos dois gastos – os R$ 67 bi permitidos antes, no texto da meta original aprovada no Congresso.
As modificações sugeridas pela oposição estão sendo analisadas hoje pelo relator da proposta do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR). Ele já indicou que vai rejeitar alterações. O relatório de Jucá vai ser apresentado ainda hoje na Comissão Mista de Orçamento. Pelo calendário acertado com o governo – que tem pressa na aprovação da matéria – a votação nesta comissão será amanhã e pelo plenário do Congresso na próxima semana.
A oposição cumpre o seu papel, reconheçamos, mas tem de ser assim? Irresponsável e incoerente em relação ao que ela cobrava? Como disse o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, em entrevista a GloboNews: se derrubarem a proposta no Congresso, o governo cumpre, forma superávit, mas aí extingue as desonerações que estimulam a economia, para as obras do PAC e aí vem, recessão, desemprego, queda da renda…
Vejam a entrevista do ministro Mercadante no post que publicamos ontem no blog
Blog do Zé Dirceu

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