terça-feira, 28 de outubro de 2014

Dilma Rousseff dá o recado à Rede Globo: “Não ficará pedra sobre pedra”

Foi constrangedora a postura do apresentador William Bonner, nos momentos que antecederam o anúncio da vitória da presidente Dilma Rousseff, no processo de sua reeleição. Gaguejando, atrapalhando-se na chamada dos repórteres e embaralhando os papéis do script, na bancada, o boneco amarelado do Bonner era o retrato da decepção diante dos resultados reais das urnas, […]


Foi constrangedora a postura do apresentador William Bonner, nos momentos que antecederam o anúncio da vitória da presidente Dilma Rousseff, no processo de sua reeleição. Gaguejando, atrapalhando-se na chamada dos repórteres e embaralhando os papéis do script, na bancada, o boneco amarelado do Bonner era o retrato da decepção diante dos resultados reais das urnas, que, naquele momento, o país ainda não conhecia, mas ele acabara de ter ciência.

O nervosismo de Bonner tinha duas leituras relacionadas: a estratégia do golpe midiático contra a reeleição da presidente só dera resultado em parte, e a Rede Globo estava prestes a dar a notícia que não queria, desde 2002, na eleição histórica do presidente Lula, e que vem sendo constrangida a fazer, de quatro em quatro anos, nos últimos 12.

Minutos após o anúncio, o discurso da presidente reeleita, em meio aos gritos de “abaixo a Rede Globo”, enquadrava o constrangimento do Bonner com as palavras mais duras e que eram esperadas com ansiedade pelo seu eleitorado: “Não ficará pedra sobre pedra”, exclamou Dilma Rousseff, referindo-se à apuração e responsabilização de todo o processo espúrio de colocação do oligopólio da mídia brasileira na produção e divulgação de mentiras com o fim de influenciar no resultado eleitoral.

Nenhum cidadão brasileiro precisa ser cientista político para constatar e concluir que o resultado eleitoral seria bem mais favorável a Dilma Rousseff, não fosse a guerra suja travada pela imprensa golpista para afastá-la da presidência de modo ilegítimo. Ficou claro que as populações mais expostas aos ataques da Rede Globo e seus acólitos foram as mais enganadas pela versão ditatorial única e, consequentemente, as que mais responderam contra a reeleição da presidente.

Trágico é que não se tratou, nessa estratégia vergonhosa do oligopólio da mídia, de debater as propostas dos candidatos para o desenvolvimento do país, mas, prioritariamente, de atacar o governo e a presidente com factóides de deixar roxo o famigerado ministro da propaganda nazista alemã, Joseph Goebbels. Juntaram-se na estratégia um juiz parcial, um promotor conivente e policiais venais, na condução de um processo forjado para substituir a vontade do eleitor brasileiro, nas urnas.

Aliás, a última tentativa desesperada, através da revista Veja, a dois dias da eleição, requentando factóides já manjados, como se fosse uma “bomba” destinada a implodir as urnas, é episódio vergonhoso de que o próprio candidato derrotado Aécio Neves não deve jamais se vangloriar, pois depõe contra os princípios mais comezinhos de uma democracia.

A batalha contra o grande gancho da Rede Globo e seu oligopólio da mídia está apenas começando, e vai exigir, junto com a reforma política, o apoio e o envolvimento da população brasileira, para que o país não tenha que sofrer mais nenhum retrocesso, no seu desenvolvimento econômico e social, seja quem for o mandatário eleito para presidir seus destinos.

Iremar Marinho via o Reporte Alagoas

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