quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Agricultor é valente e não se rende ao abandono Governamental


Em viagem hoje para Santa Cruz, tive a grata felicidade de presenciar a força e dedicação do agricultor familiar, mesmo sem nenhum apoio de Governo, resiste as dificuldades climáticas e financeiras, faz da adversidade, força para trabalhar na tentativa de sobreviver com o que realmente aprendeu a fazer, que foi trabalhar no campo.

Logo nas primeiras chuvas caidas na região do trairi, prepara a terra e planta as culturas para sua sobrevivencia. As margens da BR 304, prepara o seu roçado, ainda com instrumentos rudmentares, mas é o que realmente dispõe ao seu alcance.

Com certeza se fosse esperar por apoio governamental para puder produzir iria enfrentar muitas dificuldades, pois tem sido muito dificil conseguir fazer com que os Governos tenham mais sensibilidade para as pessoas que produzem o alimento do dia a dia.

Estamos enfrentando no RN uma das piores secas dos ultimos 50 anos e as minguadas medidas governamentais, estão sendo paliativas e insuficientes para amenizar os impactos econômicos, sociais, culturais, políticos, ambientais e piscológicos atenuados com a falta d´agua e de alimentação para o rebanho. 

Ainda falta água no sertão, o milho da CONAB é liberado em pequenas quantidades e depois de muita humilhação, o volumoso da EMATER não gerou nenhum impacto para o rebanho, o crédito estiagem do BNB não atendeu 5% dos agricultores com empréstimos de R$ 12 mil, os carros pipas são insuficientes para abastecimento, as cisternas já secaram e estão rachando.



As poucas e esparsas chuvas caidas nas ultimas semanas, reativa o espírito da esperança e ameniza o sofrimento do Sertanejo, mas não podemos considerar como uma consolidação da quadra envernosa para o Estado.  É possível encontrar vários animais mortos, barreiros ainda secos na região, lugares que nem sequer choveu e os impactos ainda perduram.

Distribuir sementes é uma atitude louvável, lançar matérias e manchetes de que a seca já passou é desastroso.  Temos que agir com cautela e responsabilidade, precisamos encontrar formas e mecanismos de como ajudar aos agricultores familiares que estão sendo castigados com efeitos da estiagem, a superar esta crise vivida atualmente no campo.

Ações permanentes para convivência com o Semi Árido presicam ser delineadas por parte do poder público, que possibilitem o enfrentamento de períodos de estiagem em condições de sobrevivência e de manutenção da atividade agropecuária, principalmente, com infra-estrutura hídrica, armazenamento de forragens e tecnologias adaptadas, assistência técnica permanente, crédito subsidiado, mecanismos de comercialização, agroindustrialização dos produtos etc.

Por fim, vibremos e comemoremos as CHUVAS, mas não vamos apagar da memória o sofrimento e o impacto proporcionado por esta estiagem, para que possamos de uma vez por todas construir mecanismos e instrumentos para conviver com o fenômeno secular das secas.

Por Marcos George via o Blog da FETARN.
Fotos: Marcos George


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