terça-feira, 25 de setembro de 2012

MANIFESTO DOS INTELECTUAIS CONDENA JULGAMENTO SEM PROVAS DO MENSALÃO


Niemeyer: Assinei o manifesto porque acredito que desde o início há uma campanha contra o José Dirceu.
Foto: Agência Brasi

Entre os intelectuais contra prejulgamento estão Niemeyer, Luiz Carlos Barreto e Jorge Mautner.

Os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) receberão nos próximos dias texto-manifesto organizado por intelectuais, artistas e lideranças políticas contra o prejulgamento político dos réus da ação penal 470, batizada de “mensalão”, entre eles, o ex-ministro José Dirceu. 

Liderado pelo cineasta Luiz Carlos Barreto, o documento já conta com o apoio de mais de 200 pessoas, entre eles o arquiteto Oscar Niemeyer, os músicos Jorge Mautner e Alceu Valença, o sociólogo Emir Sader, o ex-ministro  de FHC (Fernando Henrique Cardoso) e economista Luiz Carlos Bresser Pereira. 

Entre as críticas do manifesto, está o julgamento sem provas dos réus, baseado apenas em evidências, como argumenta o relator Joaquim Barbosa.

“Não queremos que haja prejulgamento deste caso, pois já tem gente por aí dizendo quantos anos cada réu vai pegar de prisão. Não pode ser assim. Depois a gente reclama quando chega a ditadura”, afirmou Luiz Carlos Barreto.

Niemeyer engrossou o coro: “Assinei o manifesto porque acredito que desde o início há uma campanha contra o José Dirceu. Um exagero”, declarou o veterano arquiteto.

Bresser Pereira, ex-ministro de Fernando Henrique, foi ainda mais incisivo em suas declarações publicadas nas redes sociais e afirmou que o julgamento é uma violência contra os direitos civis e a democracia.

 “O risco que o Supremo corre no julgamento do mensalão é o de se deixar influenciar por uma opinião pública tomada pela emoção. É preciso jamais não esquecer que a aplicação da justiça em termos emocionais é linchamento”, explicou Bresser.

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