terça-feira, 18 de setembro de 2018

A produção agrícola no estado vem aumentando

Por Dr. Evandro Borges
Advogado

As notícias correntes nas mídias é o crescimento da produção agrícola do Estado em torno de onze por cento, principalmente nas lavouras temporárias, correspondendo às safras do agronegócio e da agricultura familiar, com destaque para mamão, melão, melancia, banana, castanha de caju e olericultura, manifestando uma atenuação da estiagem, com inverno considerado bom, principalmente levando em consideração as sucessivas secas ocorridas.

Em recente pesquisa promovida pelo Governo Federal constatou-se o avanço da agricultura familiar sendo responsável por oitenta por cento da produção alimentar da mesa da família brasileira, mostrando o acerto da mobilização e tentativa de modernização do setor pela CONTAG e movimentos sociais, em um esforço que vai desde as ações da Reforma Agrária, da melhoria do crédito com o PRONAF, e da comercialização, vencendo os difíceis obstáculos nesta caminhada.

Aqui no Rio Grande do Norte, pode-se ressaltar a institucionalização do Centro de Comercialização da Agricultura Familiar, situado entre as Ruas Capitão Mor Gouveia e Jaguarari em um esforço dos territórios, da rede de economia solidária e popular, com o apoio da FETARN, venceu todos os atropelos de anos a fio, para facilitar à comercialização da produção dos agricultores diretos e da rede de cooperativas focadas na economia solidária, com preços mais acessíveis a população com uma boa estrutura e gestão.

Os efeitos das chuvas se fez sentir na baixa dos preços do feijão verde, da batata doce, da macaxeira, do inhame, de bananas, nos produtos da mandioca (goma, farinha e na mandioca crua para o gado), na esmagadora maioria produzida no âmbito da agricultura familiar, como também, na fruticultura, principalmente, com o maracujá, uma verdadeira iguaria, sendo importante matéria prima para sucos, sorvetes e doceria.

A olericultura (hortaliças) da produção da agricultura familiar, da agroecologia, vem avançando a passos largos, com locais que passaram a ganhar uma tradição, como é o caso “gramorezinho”, Ceará Mirim, e em diversos assentamentos, passando abastecer redes de supermercado, aumentando a renda do campo, contribuindo para a fixação do ser humano no meio rural, e atenuando as importações do Estado no setor, devendo os programa e políticas públicas de capacitação e difusão de novas técnicas e saberes continuarem, gerando assim ocupação e renda.

A Serra do Mel continua como o Município com maior produção de castanha de caju todo com base na produção da agricultura familiar, conseguindo seus produtores beneficiarem o fruto, em processo de aprendizagem histórico, construído a muitas mãos, principalmente pelo movimento sindical dos trabalhadores e trabalhadoras rurais e movimentos sociais congêneres.

As constatações da pesquisa do governo federal que diminuiu recursos de forma abrupta para o setor em diversos programas, como é o exemplo do Programa de Aquisição de Alimentos, e das mídias  no aumento da produção agrícola do Estado, incentiva todos os movimentos em defesa da agricultura familiar e da produção de produtos mais saudáveis a serem oferecidos a população com preços justos a continuarem o trabalho militante.

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