segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Um olhar na festa do boi

Estive na 55ª Festa do Boi em 2017, no Parque Aristófanes Fernandes em Parnamirim/RN, organizada pela ANORC estampando na entrada o Agronegócio dando ênfase a este importante segmento da economia nacional, que nos últimos anos vem equilibrando a balança comercial, de fato uma verdadeira festa, tudo pago, inclusive a entrada, cinco reais adultos e a metade estudante. 

A festa do boi a maior festa do setor do Estado, com muita tradição e uma diversidade de culturas produtivas e comercialização, com a participação das áreas privada e pública, ressaltando-se as atividades primárias, chamando a atenção dos participantes de todas as gerações, para os animais bovinos pelos seu desenvolvimento, as raças nelore e sindi sendo as mais marcantes.

Os bovinos da raça vermelha sindi por ser um gado de menor porte, rústico, de origem paquistanesa, uma saga que remonta sessenta anos para chegar até aqui, leiteira, estando adaptada ao semiárido e na atualidade, com uma aceitação significativa dos criadores, tomou um excelente espaço nas baias, e com uma receptividade da organização dos produtores da raça, destacando-se para a capacidade de recepção de Ricardo Lemos (Careca) e Júnior de Souza, produtores e profundos conhecedores. 

As universidades estavam presentes, e neste campo da academia deve ser dado destaque para a Escola Agrícola de Jundiaí, organismo da UFRN, com uma feira de aquarismo, com uma bela exposição de peixes ornamentais e com a presença dos professores da instituição, pois, fui recebido pelo Professor Paulo, fazendo diversas explicações técnicas e com uma preferência do público espantosa, além de contar com a  divulgação das inscrições dos cursos de ensino médio profissionalizante da Escola.

No artesanato a diversidade estava presente, com um público muito interessado, ressaltando-se a participação do Estado na organização do setor, os stands destinados aos órgãos da Secretária de Estado da Agricultura e Pesca estavam muito visitado, e na culinária os restaurantes que comercializavam a carne de origem ovina e caprina, igualmente com uma aceitação do público marcante.

O espaço denominado “terroir” dirigido pelo SEBRAE foram destaques os queijos do Rio Grande do Norte, de Minas Gerais e Rio Grande do Sul,  as ostras da Lagoa dos Guaraíras do pessoal de Pipa, as boas cachaças do RN, as linguiças de carne bovina e suína do Pantanal, leites, queijos e manteiga Babi de Brejinho, o espaço culinário e de degustação, formou um lugar diferenciado.

O mel de abelhas estava presente por toda parte, principalmente, da agricultura familiar, com comercialização de representantes de Caiçara do Rio do Vento, da Região de Apodi, dos assentamentos de Mossoró, que viabiliza também, a comercialização solidária através da rede Xique Xique, mostrando que o segmento está consolidado no Estado.

A festa do boi, organizada pela ANORC, com leilões de bovinos e equinos, com a exposição animal, e com a diversidade da produção primária, de máquinas e tratores,  com a unidade das atividades privadas e o fomento e pesquisa dos órgãos do Estado, acrescidos dos shows com artistas de renome nacional, revela uma força pujante, contribui com uma presença ordeira e de confraternização entre os participantes.

Evandro Borges
Advogado

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