Em 2017 o governo Temer vem atacando fortemente as políticas públicas sociais e de desenvolvimento sustentáveis com a ação dos cortes no orçamento, mas vale lembrar que embora esteja no governo, mas o orçamento de 2017 ainda foi elaborado pelo governo Dilma, ou seja, houve os cortes, mas ainda restou uma rebarbazinha como se diz no popular.
Mas para 2018 a faca vem mais amolada, sobre tudo para cima das políticas públicas direcionadas para a reforma agrária e agricultura familiar. Vamos analisar os valores do orçamento de 2018 para algumas políticas e ações desses dois setores.
Na Assistência Técnica e Extensão Rural para a agricultura familiar, no orçamento de 2017, eram R$ 235 milhões, para 2018 a proposta é 133 milhões; Para a Assistência Técnica na reforma agrária em 2017 eram 85 milhões já para 2018 a proposta é de apenas 12 milhões; para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) que no RN é Compra Direta da Agricultura Familiar, executado pela EMATER, tinha em 2017 318 milhões e para 2018 serão apenas 750 mil; para obtenção de terras, ou seja, para desapropriação de terras, eram 257 milhões e para 2018 serão apenas 34 milhões; para o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (PRONERA) que estava proporcionando muitos assentados e assentadas, filhos de assentados e assentadas da reforma agrária a ter acesso ao ensino superior, em 2017 eram 14 milhões e para 2018 serão apenas 2 milhões.
Ou seja, o governo diz que não tira direito, mas o que diz no discurso e que faz na prática as duas coisas andam longe. Pelo volume de recursos se está ruim para os agricultores ainda vai ficar pior.
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