segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Caso Guararapes: a ação do MPT de fato define o fechamento das facções ou ajuda a melhora seus funcionamentos e a vida dos trabalhadores?

Tenho observado muitas críticas por alguns setores da sociedade do RN contra a ação do Ministério Público do Trabalho (MPT) sobre a Guararapes. Prefeitos, governo do estado e uma parcela da população enganada por um falso discurso de que o que está em jogo é a manutenção dos empregos. Vamos racionar o seguinte: imaginamos que uma fazenda rural tivesse como única forma de empregabilidade 16 horas de trabalho e salário de 500 reais e no momento o MPT paralisasse as atividades da fazenda enquanto o patrão não regularizasse a situação de acordo com a lei, haveria essa mesma defesa?

Pois bem, claro que uma situação não seria igual a outra, mas fiz esse parâmetro para dizer o seguinte. A Guararapes e seu dono, o empresário Flavio Rocha não está interessado em defender os empregos gerados pelas facções que ela terceiriza a força de trabalho, pelo contrário ele engana a sociedade com esse discurso, engana e obriga seus trabalhadores a protestar por uma coisa que eles não sabem e nem interessa a eles, claro que foram para as mobilizações com medo de perderem inclusive seus empregos.

Segundo o MPT, o lucro liquido da Guararapes e a Riachuelo em 2016, ou seja, tirando todos os gastos das empresas foi de mais de 300 milhões de reais. O que o MPT quer não é fechar as facções do Programa Pró-Sertão e sim que a Guararapes contrate diretamente os trabalhadores e não transfira para as facções a responsabilidade dos trabalhadores.

Segundo ainda o MPT os trabalhadores das facções tem condições de trabalho ruins e salários mais baixos se comparado com os trabalhadores da fabrica da Guararapes em Extremoz, ou seja, para fazerem o mesmo trabalho que os trabalhadores da Fábrica de Extremoz fazem. Onde está a diferença ai? Na terceirização da mão de obra barata.

Ai você me afirmaria, mas está gerando emprego no interior do estado e não concentrando apenas em um município. Sim, mas isso não tira o direito dos trabalhadores de terem salários e condições de trabalho desiguais dos outros da fábrica mãe. Por que o empresário Flávio Rocha e suas empresas não contratam os trabalhadores diretamente pela Guararapes e paga uma cota de produção aos donos das facções pela produção?

Obviamente eles precisam manter a manutenção de equipamentos, instalações e etc.

Ele poderia fazer isso em vez de tentar enganar a sociedade e seus trabalhadores e força-lo a fazer protesto pelo que não lhes beneficia e sim ao bolso dele. Sim e você sabe porque? Porque quanto mais ele terceiriza a mão de obra barata, ou seja, os ditos empregos que ele, prefeitos, o governador Robson Farias e o deputado Rogério Marinho e uma parcela sega da sociedade do RN dizem que defendem mais ele engorda o seus saldo bancário do lucro liquido de mais de 300 milhões e nas próximas eleições poderá usar esse lucro para financiar sua eleição ao um cargo e de sobra ainda ajudar a financia outros bandidos que votar em leis que é contra os trabalhadores a exemplo da reforma trabalhista aprovada recentemente e defendida por ele e pelo deputado Rogério Marinho, ou seja, tudo contra os trabalhadores.

Isso sim é o que está em jogo e o que ele está defendendo e não os empregos dos trabalhadores.

Por que ele não usa esses 300 milhões para pagar os trabalhadores das facções em condições de salários iguais a fábrica mãe em Extremoz?

Lembrando ainda que as facções só existem porque a Guararapes existe e transfere a produção para elas, então logo a razão do MPT obrigar a Guararapes a contratar diretamente a mão de obra. Caso as facções tivessem outra fonte de mercado, ou seja, vendessem sua produção para outras empresas ou locais não se justificaria a ação do MPT porque as facções seriam detentoras do seu próprio mercado e não é o caso, a Guararapes é a responsável central direta pelo resultado e monopólio econômico da produção.


Por isso meus amigos e amigas, trabalhadores diretamente da Guararapes e sociedade do RN, em minha opinião o MPT está correto, ele sim está defendendo empregos de forma saldável, com respeito a lei e não apenas com o lucro exacerbado do patrão. Sobre para os trabalhadores da Guararapes e de outras categorias do RN pensem na hora de apoiar esse discurso do empresário Flávio Rocha, amanhã poderá acontecer à mesma coisa com outras categorias e ai como vai ser a nossa reação?

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