Tenho observado muitas
críticas por alguns setores da sociedade do RN contra a ação do Ministério Público
do Trabalho (MPT) sobre a Guararapes. Prefeitos, governo do estado e uma
parcela da população enganada por um falso discurso de que o que está em jogo é
a manutenção dos empregos. Vamos racionar o seguinte: imaginamos que uma
fazenda rural tivesse como única forma de empregabilidade 16 horas de trabalho
e salário de 500 reais e no momento o MPT paralisasse as atividades da fazenda
enquanto o patrão não regularizasse a situação de acordo com a lei, haveria
essa mesma defesa?
Pois bem, claro que uma situação
não seria igual a outra, mas fiz esse parâmetro para dizer o seguinte. A Guararapes
e seu dono, o empresário Flavio Rocha não está interessado em defender os
empregos gerados pelas facções que ela terceiriza a força de trabalho, pelo
contrário ele engana a sociedade com esse discurso, engana e obriga seus
trabalhadores a protestar por uma coisa que eles não sabem e nem interessa a
eles, claro que foram para as mobilizações com medo de perderem inclusive seus
empregos.
Segundo o MPT, o lucro
liquido da Guararapes e a Riachuelo em 2016, ou seja, tirando todos os gastos
das empresas foi de mais de 300 milhões de reais. O que o MPT quer não é fechar
as facções do Programa Pró-Sertão e sim que a Guararapes contrate diretamente
os trabalhadores e não transfira para as facções a responsabilidade dos
trabalhadores.
Segundo ainda o MPT os
trabalhadores das facções tem condições de trabalho ruins e salários mais
baixos se comparado com os trabalhadores da fabrica da Guararapes em Extremoz,
ou seja, para fazerem o mesmo trabalho que os trabalhadores da Fábrica de
Extremoz fazem. Onde está a diferença ai? Na terceirização da mão de obra
barata.
Ai você me afirmaria, mas
está gerando emprego no interior do estado e não concentrando apenas em um
município. Sim, mas isso não tira o direito dos trabalhadores de terem salários
e condições de trabalho desiguais dos outros da fábrica mãe. Por que o
empresário Flávio Rocha e suas empresas não contratam os trabalhadores
diretamente pela Guararapes e paga uma cota de produção aos donos das facções
pela produção?
Obviamente eles precisam
manter a manutenção de equipamentos, instalações e etc.
Ele poderia fazer isso em
vez de tentar enganar a sociedade e seus trabalhadores e força-lo a fazer
protesto pelo que não lhes beneficia e sim ao bolso dele. Sim e você sabe
porque? Porque quanto mais ele terceiriza a mão de obra barata, ou seja, os
ditos empregos que ele, prefeitos, o governador Robson Farias e o deputado
Rogério Marinho e uma parcela sega da sociedade do RN dizem que defendem mais
ele engorda o seus saldo bancário do lucro liquido de mais de 300 milhões e nas
próximas eleições poderá usar esse lucro para financiar sua eleição ao um cargo
e de sobra ainda ajudar a financia outros bandidos que votar em leis que é
contra os trabalhadores a exemplo da reforma trabalhista aprovada recentemente
e defendida por ele e pelo deputado Rogério Marinho, ou seja, tudo contra os
trabalhadores.
Isso sim é o que está em
jogo e o que ele está defendendo e não os empregos dos trabalhadores.
Por que ele não usa esses
300 milhões para pagar os trabalhadores das facções em condições de salários
iguais a fábrica mãe em Extremoz?
Lembrando ainda que as
facções só existem porque a Guararapes existe e transfere a produção para elas,
então logo a razão do MPT obrigar a Guararapes a contratar diretamente a mão de
obra. Caso as facções tivessem outra fonte de mercado, ou seja, vendessem sua
produção para outras empresas ou locais não se justificaria a ação do MPT
porque as facções seriam detentoras do seu próprio mercado e não é o caso, a
Guararapes é a responsável central direta pelo resultado e monopólio econômico
da produção.
Por isso meus amigos e
amigas, trabalhadores diretamente da Guararapes e sociedade do RN, em minha
opinião o MPT está correto, ele sim está defendendo empregos de forma saldável,
com respeito a lei e não apenas com o lucro exacerbado do patrão. Sobre para os
trabalhadores da Guararapes e de outras categorias do RN pensem na hora de
apoiar esse discurso do empresário Flávio Rocha, amanhã poderá acontecer à
mesma coisa com outras categorias e ai como vai ser a nossa reação?
Nenhum comentário:
Postar um comentário