terça-feira, 12 de julho de 2016

Política de qualificação permanente dos profissionais do Magistério

Por Dr. Evandro Borges


A definição nos Municípios de uma política permanente de qualificação dos profissionais do magistério deve atender a necessidade da melhoria da qualidade do ensino/aprendizagem, da dignidade dos profissionais, do avanço na carreira profissional para as promoções e progressões, do comprometimento dos gestores com as gerações em faixa escolar. 


A União apresenta oportunidades de qualificação dos profissionais, quase todas capturadas no âmbito das Secretarias, com escolhas na maioria das vezes, sem critério técnico de seleção universal, oportunizando cursos para aqueles que possuem cargos comissionados, da coordenação pedagógica, próximos dos titulares das pastas, pela força individual e política.

O ensino infantil, a modalidade do Ensino de Jovens e Adultos, o trato com as excepcionalidades, ensejam preparação técnica específica dos profissionais, que garanta a permanência no aprendizado dos educandos, na inclusão, na formação da cidadania, na preparação da concorrência para o mercado de trabalho, nas atualidades dos novos saberes e conhecimentos.

O mercado está disponibilizando inúmeros cursos, de todos os tipos, com horas diversas, e na falta de uma política centrada no interesse público nos Municípios, muitos profissionais embarcam com o fim de obter, apenas a certificação, com a finalidade de avançar na progressão e melhorar a remuneração com base no Plano de Carreira, que é legítimo em face da inércia dos gestores.

Por sua vez, os gestores espremidos pelas margens de responsabilidades com as despesas de pessoal, a todo o momento vistoriado pelo Tribunal de Contas, podendo diminuir o excesso e o apadrinhamento político, incapazes de operar a reforma administrativa, não promovem uma política de qualificação dos profissionais do magistério, bastante sentidas nos anos finais do ensino fundamental. 

A qualificação dos profissionais do magistério é para transformar a educação, significa buscar na educação pública o fortalecimento da dimensão da equidade social para um desenvolvimento sustentável, na garantia do ensino de qualidade para todas as classes sociais, melhorando a dinâmica pedagógica, com a finalidade de alcançar um aprendizado dos educandos da educação pública satisfatória, dentro de um padrão que der condições para enfrentar os desafios da atualidade.

Na discussão da gestão democrática em curso nos Municípios, mesmo após o prazo estabelecido na Lei do Plano Nacional de Educação, a qualificação dos profissionais do magistério deve ser enfrentada, para serem assumidas pelos novos gestores, eleitos em 02 de outubro do ano fluente, passando pela aprovação das Câmaras e pelas audiências públicas, assegurando o controle social. 

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