quarta-feira, 12 de agosto de 2015

"Algumas pessoas não perceberam que a eleição acabou", diz Lula à Marcha das Margaridas

Foto: RIcardo Stuckert / Instituto Lula

Milhares de trabalhadoras do campo, das cidades, das florestas e das águas estiveram presentes na abertura da 5ª edição da Marcha das Margaridas, que contou com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na noite desta terça-feira (11), no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. O ato é organizado pela Contag.

"Foi a dignidade de vocês que construiu esse país", elogiou Lula, na abertura de seu discurso. "A presidenta Dilma deve estar agora orgulhosa de presidir um país que tem um povo da  qualidade das margaridas que estão aqui hoje", disse o ex-presidente. "Hoje é um dia para celebrar a força das mulheres e do povo brasileiro", continuou.

Lula exaltou a eleição da presidenta Dilma Rousseff: "ousamos eleger uma mulher que aos 20 anos foi presa e torturada. E hoje, com a coragem das mulheres, ninguém ameaçará a democracia", e completou: "se tem uma coisa que o povo brasileiro aprendeu nos últimos anos, foi fazer a sua própria história".
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"Algumas pessoas não perceberam que a eleição acabou dia 26 de outubro e que a Dilma é presidenta deste país", questionou Lula. O ex-presidente relembrou que, diante das dificuldades atuais, "algumas pessoas querem jogar a responsabilidade na presidenta Dilma", e lembrou que "esses que agora se apresentam como solução, entregaram o país quebrado e devendo dinheiro para o FMI".

Lula foi exaltado ao afirmar que está organizando sua agenda para "voltar a viajar este país". "Eu quero ver se nossos adversários estão dispostos a andar por este país e discutir este país como ele precisa ser discutido", desafiou.

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, reafirmou dois compromissos: a luta pela reforma agrária e levar as políticas públicas do governo aos agricultores de todo país. "Estaremos juntos sempre para fazermos do Brasil uma pátria justa e solidária", saudou. A ministra da secretária de Mulheres, Eleonora Menicucci, reforçou: "mulher nenhuma pode aceitar o ódio de gênero, o ódio de quem não suporta uma mulher governando este país".

Alessandra Lunas, secretaria de mulheres da Contag, falou sobre a importancia da construcao da democracia participativa. "A marcha das margaridas vai às ruas em defesa da democracia neste momento crucial". A deputada federal Erika Kokay (PT-DF), afirmou que "as margaridas estão aqui para dizer que é preciso construir um país com igualdade entre homens e mulheres".

História


A primeira Marcha das Margaridas foi realizada pela CONTAG no ano 2000, quando cerca de 20 mil mulheres de todas as regiões vieram para Brasília para fortalecer a luta das trabalhadoras do campo, das cidades, das florestas e das águas de todo o Brasil. A 2ª Marcha aconteceu em 2003, quando ainda mais mulheres uniram-se na capital federal por um país mais igualitário e com direitos para todos. Em 2007, com a participação de Lula em seu segundo mandato como presidente, a 3ª Marcha floriu Brasília mais uma vez. Em 2011, mais de 100 mil mulheres marcharam na 4ª Marcha das Margaridas.

Instituto LULA

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