sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Apoio a Aécio não passa de simbolismo para criar clima do já ganhou e operação abafa

Já estamos em marcha para o 2º turno no próximo dia 26, campanha deflagrada de novo, os apoios e o discurso do candidato da oposição, senador Aécio Neves (coligação PSDB-DEM) nesta segunda etapa da disputa não impressionam. Devem ser tomados como o que são: simbolismo e imagens para tentar criar um ambiente de já ganhou e uma operação abafa, via mídia, tentando nos intimidar.
Daí o discurso idealista de unir o país, de um primarismo nunca visto antes numa disputa eleitoral para presidente, onde o eleitor tem que decidir entre vários e depois, no 2º turno,  entre dois candidatos, dois rumos, dois programas, dois destinos para si como cidadão e para o seu país…
Buscam, os do outro lado, criar um ambiente psicossocial negativo. Daí o volume de noticias ruins e denúncias que agora passam a fazer parte dos cadernos de eleições dos jornais e não mais dos cadernos de noticiário de Política, de Nacional ou de Poder como no caso da Folha de S.Paulo.
Aécio não quer falar da era FHC porque ela revela quem é ele e o tucanato
Ao pedir campanha limpa e a união do país e não sua divisão o candidato Aécio quer evitar o que teme: a evocação da era FHC e da herança maldita que deixaram para o governo do presidente Lula. Por que o temor? Porque revela quem é ele e o tucanato.
A eleição não se decidirá pelos apoios partidários. Os partidos que o apoiam não possuem, evidentemente, os votos dados a seus candidatos, seja a ex-senadora Marina Silva, seja o deputado Eduardo Jorge (PV), seja o Pastor Everaldo (PSC). Isso sem falar nas grandes dissidências abertas no PSB que decidiram apoiar a presidenta Dilma, começando por dois governadores do partido.
A eleição será decidida nos debates, na campanha de rua e na disputa política. E é isso que o candidato Aécio e a mídia que o apoia querem evitar. Correm, fogem, querem a todo custo evitar o confronto de ideias, a comparação de governos, a disputa de projetos e, particularmente, a mobilização da militância social e partidária. Esta última a mídia procura desmobilizar com uma guerra psicológica contra o PT a partir do noticiário e da criação de um clima de denuncismo.
Nossa tarefa principal é fazer a disputa política – o que eles não querem
Nossa tarefa principal, então, petistas e aliados do campo da reeleição da presidenta Dilma, é fazer a disputa em São Paulo e no Paraná dois Estados onde o tucanato pode crescer e no Nordeste onde vamos ampliar nossa vantagem. É retomar o Centro-Oeste e aumentar nossa vantagem no Norte. É garantir nossa maioria em Minas, Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul.
É, principalmente, ampliar nossa base social e eleitoral que parte de 42% apoiada no voto popular. Podemos e devemos crescer junto à juventude das grandes cidades e nos milhões de pequenos e micros empreendedores e autônomos que conosco surgiram como força social e econômica no Brasil nos últimos 12 anos.
Uma atenção especial deve ser dada ao eleitorado trabalhador e aos aposentados vítimas de arrocho salarial e em suas aposentadorias na era FHC (1995-2002). Conosco, em nossos governos, eles tiveram ganhos reais e não conheceram mais o desemprego e o subemprego – que enfrentaram sem outra opção naquela época do tucanato.
Denunciar que FHC desqualifica nosso voto como sendo de pobre e desinformado

É necessário, ainda e fundamentalmente desvendar o programa liberal e de arrocho econômico do candidato Aécio, sua cartilha de submissão a ordem norte-americana e seu elitismo nato. Elitismo, aliás, claramente demonstrado pela declaração do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, sobre o voto do eleitor menos informado, o tradicional marmiteiro que, segundo ele, não sabe votar. Foi o que ele disse a dois blogueiros na Folha de S.Paulo.
Temos de denunciar e mostrar isso ao povo. Conquistá-lo é nossa primeira tarefa. Vamos fazer exatamente o que Aécio pede para não fazermos: disputar e confrontar com ele e com seus aliados suas propostas. Comparar as histórias e denunciar seus propósitos, aqueles que ele pretende esconder atrás de belas palavras e pedidos de paz enquanto, via mídia, faz a guerra suja contra nós.
Por fim, esperamos que tenha sido aprendida a lição sobre as pesquisas e que não nos intimidemos com elas e seus prognósticos, porque estes muitas vezes não passam de diagnósticos como os próprios institutos reconheceram após os grosseiros erros no 1º turno.
Por Zé Dirceu via seu blog

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