Esse Tribunal de Contas da União (TCU) já passou de todos os limites. Virou uma tribuna da oposição, com vazamentos para a mídia de notas técnicas que viram decisões, como se ele fosse um tribunal judiciário, ou o Legislativo – ao qual, aliás, tem o dever constitucional de encaminhar seus documentos e relatórios antes de entregá-los à imprensa, já que por definição constitucional ele é um órgão auxiliar do Parlamento.
O que o país já perdeu de recursos pela suspensão de obras e/ou atraso em licitação é muito mais do que tudo o que se economizou de recursos por decisões do TCU! E olha que o governo sempre se dispôs e esteve aberto a realizar termos de ajuste de conduta (TACs) com o tribunal para rever projetos, preços, contratos, editais e licitações.
Da parte do governo, podemos garantir, sempre houve empenho em evitar a politização, o uso político e as decisões de suspensão de editais, licitações e obras, em prejuízo do país. E o TCU agora vem com essa: faz e divulga relatório segundo o qual dados do Bolsa Família podem estar distorcidos e defasados quanto a definição das linhas de pobreza no Brasil, o que pode alterar os indicadores de atendimento do programa.
Relatório toma como base dois projetos de Aécio
Só que o tal relatório, divulgado às vésperas da eleição, inclui e defende projeto de lei do candidato à Presidência da República pelo PSDB, senador Aécio Neves, relativo exatamente ao Bolsa Família. É por isso que, por meio de nota, o Ministério de Desenvolvimento Social (MDS) e Combate à Fome defendeu o programa e os dados divulgados pelo governo sobre a pobreza no país.
Para o MDS, o relatório do TCU “parte de premissas erradas para chegar a conclusões equivocadas sobre o programa Bolsa Família”. O ministério questiona, ainda, o fato de o relatório estar sendo publicado às vésperas das eleições e citar projetos de Aécio.
“Também causa estupefação que constasse no relatório preliminar do TCU a referência a dois projetos de lei ainda em tramitação no Congresso Nacional, de autoria do senador Aécio Neves. Entre centenas de projetos que tratam da matéria social, estes, inócuos, foram pinçados e abordados no relatório”, diz a nota.
O relatório do TCU erra, ainda, quando afirma que atualmente, cerca de 12 milhões de famílias recebem o benefício. São mais de 14 milhões, esclarece o MDS.
Cliquem aqui e confiram a íntegra da nota do MDS.
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