A recente trágica morte do ex-governador de
Pernambuco e candidato a presidência da republica pelo PSB Eduardo Campos,
trouxe uma nova conjuntura política para o senário da corrida presidencial no
Brasil. Embora respeite as pesquisas eleitorais realizadas recentemente após o
acidente e morte do candidato e de modo realizada pelo instituto IBOPE, eu
diria que Marina estaria se tornando a janela de oportunidade e um caminho
incerto para o Brasil.
É fato que a forte comoção pela forma como se
deu o acidente tomou conta de uma parcela eleitores pelo país, isso é
compreensível até porque ninguém esperava e é raro em histórias políticas
acontecer fatos como este. Agora o que deve está em jogo, em nossa opinião não
é o fato de uma comoção emocional e sim a certeza que nosso país poderá
continuar no rumo do crescimento econômico com distribuição de renda e
transformação social. Marina Silva aparece como opção das pessoas a luz dessa
comoção, mas na minha opinião não passa da abertura de uma janela de oportunidade de
setores da política e da mídia conservadora e preconceituosa e aponta para
um caminho sem rumo e sem direção, ou seja, não apresenta segurança nem tão
pouco um projeto verdadeiramente centrado nas tão palavras “desenvolvimento
sustentável” que a candidata sempre se afirmava e afirma.
Primeiro a candidata não sabe qual projeto de desenvolvimento terá mesmo que defender, se o desenvolvimento tão falado pela candidata baseado, por exemplo, nos princípios do controle do não desmatamento da Amazônia isoladamente ou se atenderá de fato aos interesses e acordos amarrados pelo PSB que ela mesmo contestava até em tão no momento da fundação da Rede Solidariedade e seus centros ideológicos que parecia transparecer e agora se alia ao principal defensor do agro negócio da agricultura que desmata e aplica veneno sem falar na alta produção de soja transgênica. E os seus reais seguidores da tal Rede Solidariedade como ficará? E o PSB do saudoso Eduardo Campos, como será a segurança de fato de uma candidata não nata e cheias de idéias conflituosas, se confrontando com enraizamentos construídos ao longo do tempo dentro do PSB? E como conciliar mais conflitos com pensamentos truculentos e contraditórios contemporâneos de Roberto Freire de um PPS? Bem se seria possível, o tempo diria, mas o fato que caso chegasse a ganhar, montar um governo a parti de todos esses conflitos já seria ruim, ou seja, eu diria que essa candidatura representa o fato de trocar um pneu de um carro a cento e vinte por hora.
Outro fato que podemos alavancar é a falta de
quadros suficientes e capazes de tocar os rumos de ministérios e os vários
setores de um governo capaz de dar resposta, de um governo que pudesse inovar e
dar as respostas além do que vem realizando os governos LULA e Dilma. Outro víeis que consideraria importante, como seriam capazes de montar um governo que desse as
verdadeiras respostas das últimas movimentações acorridas nos
últimos tempos no país? Bem não quero mais ser redundante mais reafirmo
novamente, Marina não passa nesse momento da possibilidade de uma janela de
oportunidade, principalmente daqueles que se sentem insatisfeitos com algumas
posições, muitas vezes tomadas pela Presidente Dilma e alias de forma justa ao meu ver, e por
setores da mídia cheia de preconceitos de classe a luz daquilo que representa os
governos do PT nesses últimos 12 anos.
Preconceitos esses expressados, por exemplo, por não
aceitar a democratização e incentivo do uso da internet pela maioria dos
brasileiros, pelo debate social dos meios de comunicação, por filho de pobre
passar a ter acesso a universidade, por negros passar a ter as conquistas das
cotas raciais para ingresso na universidade, por milhões saírem da linha da
miséria, em fim tudo isso representa o ódio desses setores que sempre tiveram o
objetivo de ter a “massa”, ou seja, o povão moldados pelos seus interesses e não como
parte de um projeto político.
Em fim, espero que possamos refleti juntos
sobre tudo isso que estamos trazendo para o centro do debate nesse novo momento
político que perpassamos em nosso país. Vamos analisar se é melhor seguir um caminho que será
possível seguir mudando para um novo ciclo de desenvolvimento ou o caminho
incerto conflituoso capaz de trazer o capotamento do desenvolvimento do país?
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