terça-feira, 26 de agosto de 2014

A reforma política é a mudança mais urgente que o Brasil precisa

Via o blog de Zé Dirceu


A equipe deste blog do ex-ministro José Dirceu recomenda a leitura da entrevista dada pelo ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, à Revista Brasileiros. Nela, o ministro reitera seu compromisso pessoal, e como membro do governo  e do PT, com a reforma política e fala sobre seu papel nos últimos 12 anos no governo.
O ministro não pensa duas vezes ao ser perguntado “o que é mais urgente no Brasil?”. Para ele é a reforma política, “a mãe de todas as reformas”, imprescindível para que o país possa continuar avançando.
Em sua defesa da reforma política, Carvalho vai além e encarece a necessidade dela trazer, também, o financiamento público de campanha e o fortalecimento dos partidos políticos.
“Sem uma reforma política real – ponderou o ministro -, que atenda às demandas de aprofundamento da democracia, não há possibilidade de futuro decente de nenhum partido, nem de transformar de fato o Congresso Nacional em uma instância de produção de leis e de fiscalização do Executivo”.
Ao analisar as dificuldades que a proposta vem enfrentando Carvalho criticou a postura do Congresso e da mídia diante da questão.  “Quando a presidenta Dilma lançou a questão da reforma política com plebiscito, o Congresso ignorou completamente. A reforma não acontece porque os que têm interesse de que isso (o que está aí) permaneça são hoje majoritários. Não acontece porque parte da imprensa, que tanto critica a corrupção, também não quer saber de uma reforma política para valer”, afirmou. O ministro reconheceu ser comum, “toda vez que se fala em  democratização, quem ostenta privilégios não quer mudanças”.
12 anos de governo

Também seu papel de articulação com os movimentos sociais e populares nos governo Lula e Dilma foi discutido pelo ministro durante a entrevista. Ele contou à revista como participou das negociações com movimentos sociais antes da Copa do Mundo e rebateu criticas daqueles que acusaram o governo de se ajoelhar perante às reivindicações das organizações populares.
“Quando os empresários fazem as suas reivindicações e pressionam o governo, seja diretamente, ou via Congresso, nós atendemos as demandas. É também cair em uma chantagem? No Brasil, estamos acostumados a privilegiar as elites e criminalizar a demanda por terra, por moradia” disse.
Carvalho fez uma breve avaliação sobre o quadro político-eleitoral deste ano. Ele comentou, ainda, sua relação com a presidenta Dilma. Para finalizar a entrevista Carvalho afirmou que sua maior satisfação neste período “foi ver mudanças concretas na vida dos pobres. Foi perceber que uma parte daquilo que nos mobilizou nos anos 1970 acabou se realizando”
Leiam a entrevista completa em “Nós temos o que mostrar”.
foto: Antônio Cruz/ Agência Brasil

Nenhum comentário:

Postar um comentário