terça-feira, 5 de março de 2013

Trabalhadoras da Educação em Movimento Mudam o Mundo


Companheiras trabalhadoras da educação do RN, em que pese os avanços ocorridos na educação nos últimos 10 anos, muito ainda temos por lutar e conquistar. Não podemos nos desmobilizarmos e fragilizarmos nosso movimento político organizado. Consideramos como avanço a universalização dos primeiros anos do ensino fundamental, a ampliação dos IFRN,s como estratégia de desenvolvimento que alia crescimento econômico, com transferência de renda e distribuição, esta política articulada a outras tem devolvido a dignidade ao povo brasileiro.

Necessitamos permanecer atentos na luta, porque está em questão a adoção de políticas estruturantes que modificarão a vida das mulheres trabalhadoras da educação. Precisamos ter clareza que a luta esta articulada a nível municipal, estadual e nacional, e o que se aprova nacionalmente, tem repercussão na vida das mulheres. 

Um debate que necessitamos nos apropriar diz respeito à aprovação da MP 512/12 que define 100% dos royalties do petróleo para educação, precisamos nos organizar e mobilizar nossos (as) representantes para que pautem esta discussão no âmbito das instituições da democracia representativa, ou aprovamos esta Medida Provisória ou não aprovaremos o nosso PNE 2011-2020, e ai as consequências serão árduas e trágicas, retrocesso sem precedente na história da educação.

 Esta Medida Provisória é uma compensação ao nosso reajuste, ela é condição para o governo executar o que trata a meta 20, ou seja, ampliação progressiva do investimento público em educação até atingirmos o que o nosso movimento propõe que é 10% do PIB para educação.  

Diversas metas do nosso PNE contribuem para melhorar as condições de vida das mulheres, sobretudo das mulheres de nossa categoria, pois ao universalizar o atendimento escolar à população de quatro e cinco anos, isso fará com se gere mais emprego e renda entre as mulheres, consequentemente maior circulação econômica entre nós, maior poder de compra, por outro lado, as mulheres usuárias desta política, poderão buscar empregos e terão garantias que seus filhos (as) estarão assegurados com uma educação pública de qualidade,  outro aspecto do PNE que merece atenção é a ampliação de até 2020, da oferta da educação infantil de forma a atender a 50% da população de até 3 anos. 

Nós mulheres trabalhadoras da educação, sentimos muito fortemente os impactos de uma sociedade classista e excludente, que se sustenta numa rígida divisão social do trabalho, que define de modo arbitrário os papéis de sexos, somos responsáveis por gerar a vida, por dar as condições de cuidados, cuidamos das pessoas idosas e muitas de nós ainda somos vítimas da violência doméstica, manifestada em várias dimensões da vida das mulheres. 

Precisamos pautar na nossas escolas uma educação não sexista e  não homofóbica,  precisamos refletir nas nossas escolas a condição da mulheres como sujeito político de direito, É preciso lutarmos e mudarmos nossa realidade.

Reafirmamos nossa luta e nos colocamos a disposição de nossa categoria para discutirmos e negociarmos nossa pauta de reivindicações junto ao governo municipal que trata das seguintes questões: Correção salarial na ordem de 34% para toda rede municipal, Reposição salarial de 24% para os educadores (as) da Lei Nº 058/2004- remanescente de 1995 a 2005, Implementação do 1/3 de hora atividade, Unificação do Plano de Cargos e salários, Manutenção da posição do SINTE-RN a respeito das horas de trabalho das Educadoras Infantis, prevista na resolução.

SINTE - RN

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