quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Ato de traição ou fato histórico, nova pagina e quebra de monopólio da ideologia política?


É bem certo o ditado que uma palavra ou tese ainda que não seja real, mas uma vez defendida ou repetida várias vezes se torna grande verdade muitas vezes por bom tempo e ainda por cima para a maioria que passa a acreditar e defender. É claro que não trago essas reflexões para justificar esta ou aquela opinião sobre o fato do PT ter elegido o companheiro Lêvo numa coligação composta pelo PMDB, PT, PPS, PP e PC do B e depois abrir dialogo com o novo prefeito eleito Beto Roque e seu grupo e fechar uma aliança depois do candidato José Selmo de Melo ter perdido a eleição.

Mas é importantes tecer algumas reflexões que muitas vezes a quem defenda contra ou favou, ficam muitas vezes obscuras diante a grande maioria da opinião publica de nosso município. Primeiro é importante lembrar que desde de 2008 quando de fato o PT por inteiro fechava a aliança com o PMDB do Ex Prefeito Fabinho e ajudamos a reelege - lo nunca tivemos uma boa convivência interna, tando do ponto de vista local como do ponto de vista estadual, limitação de espaço e aceitação de propostas para sua própria gestão, fato retratado e reafirmado quando o mandato de nossa deputada federal nunca teve interesse de colocar recursos para o município fruto do mal relacionamento com a gestão mesmo o PT a compondo.

Também é fato que isso se estreitou mais um pouco, quando se aproximo - se a indicação do candidato a sucessão do então prefeito Fabinho, assim se concretizando de uma forma totalmente conturbada o nome de José Selmo de Melo, e foi ai onde o PT mais uma vez se reuniu, debateu, avaliou e chegou uma conclusão que mesmo diante os problemas que enfrentava fecharia uma aliança com Selmo pela pessoa que o partido acreditava que seria, pela sua forma de conduzir os processos políticos e etc, mesmo contrariando naquele momento uma resolução política do Diretório Nacional do Partido que proibia a aliança na cabeça com o DEM, PSDB e PPS.

Ai vem a eleição deu no resultado que deu, elegemos o nosso mandato, claro e evidente fruto de uma luta de todo um grupo que apoiou a campanha de nosso vereador, mas com certeza com a contribuição de toda coligação, inclusive com nossos votos do PT porque sem eles a coligação também não teria obtido o resultado que obteve, assim está definido em nossas legislações eleitorais é uma via de mão dupla o menor resultado de qualquer candidato foi importante para a coligação.

Por isso temos a cabeça erguida, fizemos nossa parte em relação a chapa majoritária encabeçada por Selmo de Melo, se não obteve o resultado esperado, tenho certeza não foi problema do PT, o próprio PMDB e o PPS deveria se perguntar muitas vezes o porque. O fato de termos através do companheiro Lêvo ter até concordado em consonância conosco com uma proposta inicial apresentada pelo PMDB, claro que naquele momento não poderíamos nos colocar para alem do que nos colocamos, estávamos num processo interno de espera licenciosa pelo o andamento do processo de Raimundo Batista, onde foi nos colocado pelos próprios advogados da parte do PMDB e de Raimundo que haveria chances do companheiro Lêvo nem ser diplomado e graças a Deus foi, porque com todo respeito a Raimundo Batista e sua família, igualmente a ele também lutamos por esse objetivo e olhe que não desrespeitamos nenhuma legislação ou norma do TSE e a candidatura dele foi levada contra a interpretação do MPE de que o mesmo é considerado analfabeto para legislar pelo povo.

Agora começa a se rescrever uma nova pagina na política local, quebramos a ideologia tradicional que alguém proponhe e todos obedecem, não foi isso que prevaleceu nesse ato avivado através dessa articulação do PT um simbolismo na politica local antes nunca visto e muito menos tido alguém ou qualquer grupo político com a coragem de realiza - lo. Digo isto porque não se trata da posição do vereador Lêvo no fato e sim de um partido que pensa, que dialoga nas suas instancia internas, mesmo compreendendo que em muitas vezes não consigamos ter a unanimidade desejada, mas sempre temos a responsabilidade de acatar a decisão da maioria, que conseguiu realizar uma aliança com vários setores de nossa sociedade local para chegarmos onde chegamos, mesmo sabendo que não agradaríamos a todos os nossos pensamentos internos, é isso que teve em sena.

E ainda por cima o ato representa a coragem, a determinação, o compromisso, o bem comum as pessoas que precisam do desenvolvimento de nossa cidade e não o mero interesse de um grupo, porque o PT tem um projeto de transformação deste país e Jandaíra não fora dele. Representa a cima de tudo um ato de cinco vereadores eleitos todos pela primeira vez, uma ato da renovação, do fazer diferente em fim independentemente das várias visões que se possa ter o cara eleito em ultima colocação do partido mais perseguido historicamente dentro do município é eleito Presidente do parlamento municipal e uns dos partidos historicamente aliados nossos assumirá os restantes do segundo biênio no caso o PSB através do vereador Wdagno Sandro.

Em relação a aliança com a administração do Governo Beto, temos a sã consciência, estaríamos muitos mais confortáveis se estiversemos ajudado a alege - lo e hoje fazer parte da gestão, ocupando secretaria, espaços, mas ao mesmo tempo temos a cabeça erguida e a responsabilidade de que temos a oferecer a população de Jandaíra e aos eleitores e militantes que brigaram e que conquistaram a vitória para Beto a maioria e a presidência da Câmara capaz de lhe dar sustentação politica em sua administração e ainda por cima um Governo Federal capaz de se articular o máximo possível de recursos para Jandaíra, nunca fugindo da nossa responsabilidade da continuidade do dialogo com a sociedade, garantindo a participação social, em fim agora fazemos parte da parceria nação 22, continuaremos sendo nação 13, não somos 15, 22 ou outra simbologia partidária, somos PT, mas quando fechamos uma parceria temos a certeza que ela será respeitada tanto de nossa parte, quanto da parte do PR, do PSB, do PRB e também do DEM e do PSDB porque apesar da posição do partido a nível nacional respeitamos e dialogamos com as pessoas que os integram em nosso município pelas pessoas que são e que agem na política local.

Por isso concluo com a pergunta refletiva a qual titulamos nosso texto, é um ato de traição ou fato histórico, nova página e quebra de monopólio da ideologia política?

2 comentários:

  1. Ao ler seu texto sinto-me orgulhosa e ciente de ter cumprido meu papel como Pedagoga( aquela que conduz pelo caminho de pedras), pois acima de qualquer interesse político partidário você Juscelino é um jovem idealista e que visa o bem de todos.Te admiro cada vez mais.Prof. Cristiane Martins

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  2. Gostaria de aproveitar este espaço para dar a minha humilde opinião com o tema:
    Democracia e a coragem para agir na política
    Conflitos como os vividos nestes dias em Jandaíra demandam de uma minoria que se sentem ofendidos pela grande reviravolta petista. A grande repercussão midiática do PT contrasta a do movimento paredista, somente percebido pelos que são diretamente por ele atingidos.
    Tal situação evidencia o modelo que os setores patrimonialistas e da “elite”, com a anuência da classe média e o silêncio amedrontado de uma parcela que perdeu seus compromissos de classe, escolheram para uma democracia limitada, muitas vezes de fachada com um verniz reluzente, outras vezes com características autoritárias.
    Vivemos um momento grave de nossa vida social em que precisamos refletir sobre qual democracia queremos e, mais do que isto, agir com radicalidade para denunciar um modo autoritário e manipulador de se fazer política. Conflitos como os vividos nestes dias em Jandaíra, demandam daqueles que se sentem ofendidos por tamanha reviravolta do PT, uma atitude corajosa de ruptura com o modelo anterior e conciliatório com a atual gestão, sob o qual construímos a nossa cidade.
    O que vivenciamos na minha humilde opinião, não foi à chamada “traição política”, foi simplesmente a coragem para agir, e assim, vivenciamos uma verdadeira democracia.
    Como cidadãos, não podemos estar alheios à política, somos cidadãos dos céus, mas temos nossas obrigações pela constituição brasileira, pois, todo ser humano é um ser político.
    Como pessoa, sempre deixei claro que não sou partidário, nunca fui filiado a partido A, B, ou C. Entendo, que não ser independente e tomar partido não significa ter de se filiar num partido ou abdicar de pensar. Significa ter de assumir posições políticas que poderão ser rebatidas, e muitas vezes, derrotadas. Significa participar em DECISÕES COLETIVAS em prol de um bem comum, largar a retórica. As estruturas partidárias poderão ter inúmeros defeitos e fragilidades, mas não há nada pior que matar um debate político com a covarde expressão “eles são todos iguais”. Porque “eles” somos nós, Todos. As pessoas que acreditam que a decisão de Livanildo Oliveira foi pessoal e singular é porque nunca soube o que é trabalhar em equipe.
    Concluo com a frase de Martin Luther King – Devemos construir diques de coragem para conter a correnteza do medo. (e um dique não se constrói sozinho, ou seja, “EUquipe” grifo meu).

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