sexta-feira, 24 de agosto de 2012

10 mil trabalhadores marcham em Brasília por Terra, Território e Dignidade

Foto: Cesar Ramos

Depois de 51 anos, os movimentos sociais do campo voltaram a se unir na luta pela reforma agrária e realizaram a maior mobilização da história. Os 10 mil trabalhadores(as) e povos do campo, das águas e das florestas presentes em Brasília marcharam, na manhã desta quarta-feira (22 de agosto), do Parque da Cidade à Esplanada dos Ministérios e realizaram atos na Praça dos Três Poderes e em frente ao Congresso Nacional. Um grupo de mulheres entregou ainda ao ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, a Declaração Final do Encontro Unitário.

Para o presidente da CONTAG, Alberto Broch, a ação terminou com o sentimento de dever cumprido. “Atingimos 100% dos objetivos depois de um ano de preparação. A CONTAG, as Federações, os Sindicatos, os trabalhadores(as) e os outros movimentos sociais estão de parabéns. Esperamos que esse evento possa trazer bons frutos para o desenvolvimento rural, para as famílias e possa trazer justiça para todo o país”, avalia.

Já Willian Clementino, secretário de Política Agrária da CONTAG, destacou a importância do amadurecimento das organizações sociais do campo em torno da mesma pauta e do fortalecimento da luta dos trabalhadores(as). “Toda a classe trabalhadora rural precisa ter a compreensão dessa unidade, mas a urbana também precisa abraçar essa luta porque o projeto de desenvolvimento que estamos pautando e construindo com o governo não olha só para o campo. Pensamos também na cidade”, reforça.

A Declaração final do Encontro Unitário dos Trabalhadores, Trabalhadoras e Povos do Campo, das Águas e das Florestas destaca a luta por Terra, Território e Dignidade: “Torna-se indispensável um projeto de vida e trabalho para a produção de alimentos saudáveis em escala suficiente para atender as necessidades da sociedade, que respeite a natureza e gere dignidade no campo. Ao mesmo tempo, o resgate e fortalecimento dos campesinatos, a defesa e recuperação das suas culturas e saberes se faz necessário para projetos alternativos de desenvolvimento e sociedade.” (trecho do documento)

FONTE: Imprensa CONTAG - Verônica Tozzi

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